sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Meu amigo Michael Jackson- Parte 61

Claro, alguns dos motivos se resume a sua desconfiança, mas para mim, aquela era apenas parte da equação.
Como uma pessoa que lutava para aceitar a realidade, Michael poderia isolar-se, ele poderia ficar em Neverland, ele poderia saciar seus caprichos, mas todos os elementos de seu estilo de vida eram habilitados por suas finanças. Dizer, em voz alta, que estes estavam em desordem tornou-se um problema real, que ele não podia mais evitar.
Quando Al Malnik encarregou-se de suas finanças, ele assegurou a Michael que ele iria tirá-lo da confusão na qual ele se encontrava. Mas Al me disse que ele também havia dito:
'Michael, eu não posso fazer isso, a menos que você faça a sua parte.'
Agora parecia que Michael tinha guardado as palavras de Al no coração. Ele tinha participar, para que as coisas mudassem. O bem-estar contínuo de seus filhos, mais que tudo, o obrigou a enfrentar o que ele tinha evitado por tanto tempo.
Falamos um pouco sobre meus planos. Eu ainda estava tentando descobrir o que eu queria fazer da minha vida, mas agora Michael disse: 'Você sabe que eu sempre posso usufruir da sua ajuda. Você é o único que ficou, lembra? Nós podemos trabalhar juntos, novamente.'
'Sim' eu disse 'nós poderíamos fazer isso.'
Naquele momento, eu percebi que a maioria das pessoas na organização com quem eu tinha problemas já não estavam na foto; Michael e Al Malnik tinham se livrado delas.
Michael e eu não tomamos nenhuma decisão, mas a realidade é que quando eu estava com ele, em Neverland, eu estava de volta na minha zona de conforto, e eu não estou falando apenas da adega de vinho, embora eu certamente me sentisse confortável lá.
Eu conhecia os meandros do trabalho, exatamente o que Michael queria e como queria que as coisas fossem feitas. Trabalhar com Michael era minha zona de conforto. Foi um momento agradável. Ambos, de certa forma, estavam numa encruzilhada. Eu tinha me ramificado desde que deixei de trabalhar para Michael, mas agora eu estava achando meu caminho de volta.
Pouco depois do Ano Novo, Michael e as crianças foram para Miami. Michael sugeriu que, enquanto ele se fosse, eu deveria ter convidados, se eu gostasse (da ideia).
Durante anos, eu adorava partilhar Neverland com uns poucos, e quando Michael partiu para Miami, tive uma espécie de idéia ousada: resolvi convidar Court e Derek para o rancho.
Embora isso pareça presunçoso para mim (e talvez fosse), eu tinha minhas razões. Neste ponto, a ação que ambos tinham interposto contra Michael estava em vias de ser resolvida, fora do tribunal.
Por mais que eu soubesse que Michael estava em falta em renegar as estipulações do contrato, a sua visão era mais simples.
No Natal, quando nós tínhamos conversado sobre isso, ele disse:
'Você os trouxe de volta em minha vida. Agora eles estão me processando, por isso eu o corrigi.'
'Tudo bem' eu lhe disse. 'Eu estive conversando com eles nos bastidores. Vou fazer tudo que posso para garantir que o negócio se concretize longe de uma ação judicial.'
'Diga a eles que eu disse oi..' Michael acrescentou, 'e que é uma vergonha que as coisas tenham ido tão longe, mas eu ainda gosto deles.'
Ambos os lados estavam ansiosos para chegar a um acordo. Michael era querido e respeitado por Court Derek, e o sentimento era mútuo. Eu sabia disso, e pensei que os advogados estavam arrastando a ação desnecessariamente, como os advogados sempre querem fazer.
À medida que as equipes adversárias legais iam e voltavam, eu estava conversando com ambos os lados. Eu reconfortava Court e Derek, dizendo que os atrasos não eram provenientes de Michael, e eu ficava lembrando a Michael que ele havia assinado um contrato com eles e lhes devia dinheiro.
Eu me senti parcialmente responsável pela situação. Um acordo de liquidação estava sobre a mesa, mas não tinha sido assinado. Michael sempre disse que a melhor maneira de fechar um negócio era trazer as pessoas para Neverland.
Ocorreu-me que, se Court e Derek voltassem para o rancho, como convidados, como tinha sido muitas vezes antes, eles deixariam para trás os dias de discussões.
Claro que era muito radical convidar as pessoas que estavam processando Michael como convidados em sua casa, e eu sabia que os advogados de Michael pensariam que eu estava louco. Mas os advogados tendem a ignorar o elemento humano da negociação.
E assim, para melhor ou pior, os dois antigos companheiros de Michael vieram até o rancho. Tivemos uma noite agradável. Court e e Derek deixaram claro que eles realmente não queriam processar Michael. Eles só queriam ser pagos pelo trabalho que tinham feito.
Eles deixaram o rancho compreendendo que Michael gostava deles e os respeitava, e odiava que as coisas tivessem chegado a tal ponto. Todos concordaram que todos nós deveríamos deixar nossas emoções para trás e seguir adiante com o acordo.

Créditos a http://offthewall.forumeiros.com

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