sábado, 3 de novembro de 2012

Meu amigo Michael Jackson- Parte 28


Obviamente, ele estava muito ocupado para cuidar as crianças em tempo integral. Entre outras coisas, ele tinha que terminar Invincible. Sem a receita de vendas que ele esperava do álbum, ele estava prestes a perder o controle de seu catálogo de músicas da Sony.
Mas ele desejava estar com seus filhos. Não era essa a coisa mais importante do mundo? Ele estava dividido, mas no final, seu desejo de se sentir como o único progenitor venceu. E assim, Michael decidiu tentar fazer tudo: cuidar dos filhos enquanto trabalhava no álbum. Ele afastou Grace, e ficamos somente nós e as crianças na casa da cidade.
Além das minhas outras responsabilidades, eu já estava ajudando Michael a cuidar das crianças, dia e noite. Pode parecer uma mudança radical - e era - mas eu nunca fui uma prima donna. Quero dizer, eu nunca quis ser uma babá, mas se Michael precisava de mim para ajudá-lo, como eu poderia dizer não?
Poucos meses antes, quando ele teve que sair da cidade, eu cuidei de Prince por duas noites em Neverland. Eu li os livros dele na hora de dormir, ele queria que eu lesse Goodnight Moon. Toda vez que eu terminva, ele continuava dizendo: 'Uma vez mais.' Finalmente, eu disse: 'É hora de dizer 'boa noite, Prince.'
Como o mais velho de cinco, eu tinha estado em torno de crianças a minha vida inteira e tinha o meu jeito com as fraldas. O laço familiar que eu sentia por Michael naturalmente se estendeu para Prince e Paris também. Eu estava acostumado a ser um irmão mais velho, e a partir do momento em que Prince e Paris nasceram, eu pensei neles como irmãos mais novos.
Desta vez, em Nova York, eu era o principal responsável por Paris, que tinha dois anos, e Michael levou Prince, que tinha três anos. Durante o dia, se Michael não estivesse no estúdio, nós excursionávamos em alguma loja de brinquedos ou uma livraria.
Michael e eu usávamos óculos escuros e chapéus, e as crianças sempre usavam alguma coisa sobre seus rostos - lenços ou máscaras. Até o momento que estávamos vivendo em Nova York, as crianças deveriam usar esses artifícios: eles tinham sido sempre uma parte de suas vidas.
'Podemos tirar as máscaras quando chegarmos no carro?' Elas perguntavam: da mesma forma que outras crianças podem pedir para tirar suas botas de inverno.
'Sim, vocês podem tirá-las no carro' Michael dizia. O que parecia excêntrico para o mundo exterior era comum e inofensivo em sua casa, e era normal para mim, também. Michael tinha suas razões e poderia ter sido inconveniente para eles, às vezes, porém nem eu nem as crianças estávamos lá para questioná-lo.
Nós dois éramos como na comédia Três Solteirões e um Bebê, não ouvindo as chamadas ao telefone, trocando fraldas, pomadas para cá e para lá, jogando fraldas um no outro para fazer Prince rir. Às vezes, quando eu estava trocando uma das crianças, eu tirava a fralda suja e a colocava no rosto de Michael. 'Cheira esta!' eu provocava 'Isto é o que seus filhos fazem.' Ele fugia, protegendo o rosto, e eu saía em sua perseguição.
Quando Michael estava no estúdio, eu estava muitas vezes no telefone, exausto depois de uma noite cuidando do bebê, tentando trocar a fralda de Paris, durante uma chamada de negócios. Não era fácil, mas era divertido.
Na hora do jantar, nós todos nos reuníamos ao redor da mesa da cozinha, com Paris em sua cadeira alta. Nós picávamos a comida das crianças, as alimentávamos, dávamos banho, penteávamos os cabelos, trocávamos as fraldas, e as colocávamos em seus pijamas. Antes de dormir, Michael sentava-se no chão, brincando de quebra-cabeças com Prince, enquanto Paris subia em cima dele.
Prince dormia na cama de Michael e Paris dormia em um berço, ao lado da minha cama. Paris, como seu irmão já o fazia antes, gostava de dormir em meus braços. Quero dizer, todos os bebês dormem, eventualmente, mas eu segurava Paris, caminhando e cantando para ela, e ela sempre dormia.
Assim que eu a deitava, ela começava a chorar novamente. Acredite em mim, Paris não era um bebê fácil, especialmente à noite. Ela era difícil. Doce, é claro, mas quando ela acordava no meio da noite para uma troca de fralda, ela não necessariamente via nenhum motivo para voltar a dormir. Houve momentos em que eu não dormia muito. Felizmente, eu estava acostumado com isso.
As crianças eram adoráveis, Paris seguia ao redor de Prince como uma pequena sombra, e eles estavam felizes com a gente. Eu guardo na memória. Dito isto, era hora de Grace voltar. Sim, nós duramos cerca de um mês. Dois dias depois, eu liguei para ela, Grace voltou, e eu, por exemplo, fiquei aliviado.
Grace voltando, Michael e eu saímos sozinhos a um restaurante chinês Kosher* para desanuviar.
(* alimentos Kosher são todos aqueles que obedecem à lei judaica - nota do blog)
'Essas crianças podem ser difíceis, hein?' Michael disse. Eu balancei a cabeça e pedimos um pouco de vinho. Tínhamos acabado de pedir a nossa comida, quando Michael, de repente agarrou meu braço.
'Temos que ir' disse ele com urgência.
'O quê?' Eu disse. 'Acabamos de chegar!!'
'Olhe para a esquerda' ele sussurrou.
Olhei por cima, esperando ver um fã desequilibrado ou uma janela cheia de paparazzi. Em vez disso, o que havia parede, perto da minha cabeça, era uma barata.
'Credo!!' Eu disse. Eu murmurei uma desculpa e paguei à garçonete. Quando saímos, vimos ela pegar a barata diretamente com a sua mão.
'Você viu isso?' Michael disse quando estávamos de volta na rua. 'Você a viu agarrá-la com a mão? Isso não pode serkosher
'Apesar de ter sido tecnicamente casado com Debbie, Michael via-se como pai e mãe para os filhos. Este duplo papel se solidificou em Outubro de 1999, quando, após três anos de casamento, Debbie Rowe entrou com o pedido de divórcio.
Ser casado com Michael tinha tirado um pouco de sua privacidade. Ela não conseguia nem andar em seus cavalos sem ser perseguida pelos paparazzi. Ela esperava que o divórcio desviasse a atenção dela, e ela o fez. De outra forma, o divórcio não mudou nada.
Embora ela e Michael ainda estivessem em termos amigáveis, Debbie raramente ia à Neverland. As crianças não tinham o hábito de vê-la, então não houve interrupção de suas vidas.

Créditos a http://offthewall.forumeiros.com


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