sexta-feira, 30 de novembro de 2012

"O meu sonho com Michael"

Era o final do ano de 2007...

Trabalhava de técnica de som em estúdios e sonorização de clipes,em um estúdio de Los Angeles e fui contratada para trabalhar em um novo projeto da gravadora do Michael.
bem cheguei a gravadora,sem saber que iria trabalhar pra ele,pensei "só mais um trabalho",cheguei a sala de reuniões,estavam o diretor do show,Kenny Ortega e o dono da gravadora,sentados a minha espera,então me disseram que iam fazer uma nova turnê mundial de um artista da gravadora,e eu falei:Ok!que artista é??
E eles falaram:É o Michael Jackson,ele voltará a fazer uma nova turnê.
E eu disfarçando a euforia disse:Ok!no que vocês precisam dos meus serviços??
E eles falaram:Estamos no começo da produção da turnê THIS IS IT,e terá vários efeitos sonoros,e queriamos que você ficasse exclusiva no projeto mixando o som ajudando também na sonorização dos vídeos,dos telões.
E eu falei:OK,vamos lá.
Começamos a trabalhar eu e o Kenny e apreensiva:cadê o Michael??Ele não vai participar do processo de produção dos shows??
e perguntei pro Kenny e ele me falou:Leticia,amanhã ele aparece,ele gosta de pegar no projeto,com todos os profissionais responsáveis de cada área escolhidos já,e você foi a ultima a ser escolhida amanhã ele começa,ele já sabe de você
Acaba o dia,fui pra casa,nem dormi direito,nervosa,por causa desse encontro que teria com ele no dia seguinte
Chega o outro dia,fui para o escritório dele,fiquei conversando como Kenny sobre o trabalho,mas nervosa com o encontro
1 hora depois chega ele,de calça jeans,camisa vermelha de manga comprida e um casaco grosso,fazia muito frio no dia
Olhei pra ele,segurei a emoção,apertei sua mão,estava quentinha,pois estava no bolso do casaco,e a minha gelada de frio e nervoso e ele perguntou:
É você a técnica de som,Leticia não é??
E eu falei:Sou eu mesmo Michael,muito prazer
E ele falou:Gente tenho que levar ela para o estúdio,tenho que fazer ela escutar umas músicas e me ajudar a decidir o repertorio,a ordem das músicas,arranjos,enfim tudo isso,depois todos juntos conversamos sobre a sonorização dos vídeos.
E todos lá aprovaram e eu fiquei perplexa:reunião particular no 1° dia de trabalho com ele,é muito sonho pra ser verdade!!!!
E ele falou:Leticia,vamos para o estúdio,eu e você??
E eu:Claro Michael,vamos!!!!!
E continuei:Vou no meu carro e você no seu ok??
E ele falou:Ok!então me segue pra você não se perder.
E entrei no meu carro,coloquei uma musica dele pra tocar e dizendo baixinho,sem acreditar:É sonho demais,mais vamos trabalhar.
assim ele saiu na frente e eu atrás seguindo,em 30 minutinhos,chegamos no estúdio depois de um engarrafamento,
Entramos no estúdio,fomos a cabine onde fica a mesa de som,sentamos um do lado do outro,e ele começou a falar do trabalho,me pedindo pra colocar algumas musicas pra tocar,pedindo pra ajudá-lo a escolher o melhor arranjo eu falando,trabalhando com ele,Profissionalismo total na hora
Teve uma hora que meu celular tocou,era engano,quando fui colocá-lo de volta na bolsa um cd dele cai no chão o History e ele viu pegou e me ajudou me perguntando:Você é minha fã??
E eu:Sou muito,esse cd vou dar pra uma amiga,tenho sobrando e vou dar pra ela.
E ele falou:Legal!!!!!
Ai ele foi a cabine de pôr voz pra acertar umas coisas e eu fiquei na cabine da mesa de som,com fone no ouvido,mexendo na mesa,procurando o melhor som,mas teve uma hora que esqueci da vida ouvindo aquela
voz a capela no meu ouvido e ele perguntou:Tá tudo bem aí??
E eu me liguei e falei:Tá tudo certo!!!!
E por vários dias a fio,horas do dia sozinha com ele no estúdio,começamos a nos olhar diferente um pro outro e ele perguntou:Leticia,você está sentindo algo estranho entre a gente??
E eu sincera disse:Michael no meu caso,está estranho desde o dia que a gente se conheceu.
E ele falou:Sai dai da outra cabine e vem aqui na de voz.
e eu fui,fechei a porta do estúdio com o trinco ele passou as mãos no meu cabelo e disse:Volta lá coloca a próxima musica que eu vou cantar só pra você,vai e volta aqui.
E eu fui rapidinho,pus YOU ARE NOT ALONE e ele falou :antes de continuar dá uma pause,desliga nossos celulares,e tira o gancho do tel fixo,não quero ser incomodado.
assim desliguei tudo,e pus a musica novamente e fui pra cabine dele,e ele pegou na minha mão e falou:Fecha os olhos,sinta a musica,se quiser cantar,também pode,sei que você canta também e não vai estragar a musica.
Assim ele começou e eu me empolguei e cantei junto mas antes do final da musica ele parou e deixou só eu cantando de olho fechado,depois que acabou,abri os olhos ele estava me olhando com uma carinha tão linda e me disse:
Que voz linda que você tem,posso beijar de onde esta saindo essa voz????
E eu passei as mãos no cabelo dele e falei:eu beijo a sua
E o beijei,ele retribui o meu beijo me abraçou,depois apagou todas as luzes,só deixou uma pequena acesa a do cavalete,onde estava uns papeis com letras de musica,sentamos no chão e voltou a me beijar,me fez deitar no chão do estúdio,passou as mãos por todo o meu corpo me tirando as roupas e eu falei:Michael estou com um pouco de frio.
Então ele ligou o aquecedor e disse:Deixa que eu te esquento
Levantei me sentei,ele ajoelhou na minha frente e eu comecei a tirar as roupas dele,tiramos tudo um do outro e deitou encima de mim e falou:confia em mim
E eu falei:Claro que confio em você Michael,totalmente
E ele falou:Me chama de Mike
e eu falei:Tá bom...Mike
Assim ele beijou meu pescoço me chamando de Lê e eu ali entregue ,estava de pernas fechadas e esticadas,as abri,dobrei os joelhos,fazendo ele ficar no meio das minhas pernas,as colocava pra cima do bumbum dele e nada de FW ainda,só o sentia na entrada da minha vagina,ali ele abaixou foi me beijando os seios a barriga passou as mãos no meio das minhas pernas até chegar na virilha,tocou meu clitóris com cuidado,só que forte,me fazendo gemer de prazer,começou a fazer carinhos rodando os dedos no meu clitóris me fazendo enlouquecer até que ele para volta a beijar na boca e colocou o FW na minha vagina,já encharcada de prazer,que entrou fácil ,escorregou,não senti dor nem nada,só uma deliciosa sensação,quando entrou tudo ele gemeu de prazer me dizendo:Você é maravilhosa Lê,maravilhosa,que vagina gostosa que você tem.
E eu falei em êxtase:Ela só fica assim quando estou ao seu lado e mais ainda com você dentro dela,fazendo tão bem a ela e a mim me fazendo delirar contigo.
E ele sorriu e falou:Então me mostra do que você é capaz.
E eu rebolava fazendo o fw entrar cada vez mais fundo e mais fundo e eu morrendo de prazer,o prazer dele me enlouquecia na hora,eu gritava e gemia alto e ele também,entrava e saia como um louco rápido e eu ali estourando de prazer,mordia seus ombros,arranhava suas costas,levantava o bumbum pra entrar mais fundo,sentia os pelos da região dele na minha virilha fazendo cosquinhas aumentando ainda mais o meu prazer até que ele fechou a boca,deu uma mordidinha na minha boca e entrou com tudo forçando o Fw dentro de mim com toda a força e eu ali gozei,não resisti mais berrei muito alto,sorte que era um estúdio a prova de som senão seria um problema serio por causa do barulho,então ele gozou também fora de mim,sujando o carpete do estúdio,colocou uma toalha pra tampar e me fez sentar no meio das pernas dele encostou na parede e eu encostei minhas costas no peito dele me fez carinhos nos seios, nos cabelos,abraçando, dando beijos e me falou:Você vai trabalhar na turnê também,quero você junto comigo sempre e aqui no estúdio trabalhamos e no final do dia a gente se ama como agora.
E eu falei:Mike,posso te dizer uma coisa??
E ele:Diz
E eu:Mike ,não sei se é cedo pra dizer isso se é calor do momento lindo que estamos aqui mas EU TE AMO
E ele falou:Lê eu não te amo,eu estou apaixonado e vou aprender a te amar
E eu falei:Mike isso que importa, você gostar de mim
Assim nós nos vestimos ele me levou em casa e falou:
Agora eu sei onde você mora.amanhã venho te pegar pra irmos pro estúdio.
E eu falei:Então tá certo meu amor,combinado.
Nos beijamos,ele entrou no carro e eu em casa,nem tomei banho nem nada,quis dormir com o cheiro dele grudado em mim.
No outro dia,ele me busca,nos beijamos no carro,namoramos no caminho,chegando no estúdio ele fala:Vamos trabalhar,1° trabalho depois diversão e trabalhamos muito depois ele fala:Vamos para sua casa??
E eu:Vamos
Fomos pra minha casa,namoramos no sofá com duas taças de vinho,brindamos o inicio do nosso romance
Me chamou pro meu quarto,fizemos amor novamente e ele falou:
Lê tenho que ir,meus filhos tem que me ver quando acordarem,tudo bem?
E eu :Tudo bem meu amor,manda beijos pra eles
E todos os dias eram assim:Trabalho e amor
Comecei a trabalhar na sonorização dos vídeos e também ir nos ensaios,mexendo nas mixagens do som e ele me pedia coisas normais:mais voz,aumenta o volume do microfone,mais retorno,mas guitarra em fim no trabalho éramos super profissionais,mas acabava cada ensaio era um amor só,a 1° pessoa que ficou sabendo foi o Kenny,depois equipe e finalmente a família.Quando contei pra minha família houve um pouco de resistência, mas no fim aceitaram, com os filhos dele,foi de 1° ,aceitaram na hora,depois de uns dias ele me chamou pra casa dele e ele falou:Hoje vamos passar a noite juntos
E eu falei:Ai meu amor,como eu tava querendo dormir agarradinha contigo
E ele falou:Quem te disse que vamos dormir???
E fomos pro quarto dele,nos amamos até o dia amanhecer e ele falou:Vamos trabalhar????
E eu:Vamos!!!!!!
Ficamos ligados naquele dia elétricos,chega a noite,mais paixão amor e eu falei:Amor vamos descansar se não,não prestaremos pra trabalhar.
E ele falou:É verdade,ensaiar e te amar depois cansa um pouquinho,você acaba comigo!!!!
E eu :Você é que acaba comigo!!!!!!
Sorrimos, nos beijamos e dormimos agarradinhos

Conto escrito por: Leticia Jackson

Twitter:@LeticiahJackson


Você também tem algum conto/fanfic relacionada á Michael Jackson?Mande pra o e-mail : bruhjackson@hotmail.com ,postaremos os devidos créditos.

Meu amigo Michael Jackson- Parte 75

Eu não podia acreditar que ele tinha feito isso. Eu me senti traído. Pensei que iríamos passar por isso juntos, mas pelo resto do julgamento, e depois, eu não voltaria mais a falar com Vinnie. Finalmente compreendi que Vinnie não têm a mesma história com Michael, ou a mesma lealdade a ele.
Considerando que eu estava disposto a sacrificar qualquer coisa por Michael, Vinnie queria ter certeza de que ele não pegaria nenhum tempo de prisão e se falar com o promotor garantiria isso, ele iria falar com a promotoria.
Fiquei tão chateado com Vinnie que eu não falo com ele há anos. Eventualmente, ele e eu gostaríamos de nos falar, e eu o perdoaria. Vinnie precisava fazer o que era melhor para ele. No final do dia, ele ainda era meu amigo desde a oitava série. As nossas famílias percorreram um longo caminho. Não valia a pena perdê-lo. Gostaríamos de fazê-lo por isso.
Quando voltei para os Estados Unidos, eu continuei trabalhando no show de Patti LaBelle, mas eu caí em uma depressão grave que durou grande parte de 2004. Eu não queria deixar meu apartamento ou estar próximo de alguém.
Eu não queria nem falar com as pessoas no telefone. Afetou o meu trabalho. Recentemente, descobri que eu estava no meu melhor quando eu estava trabalhando ao lado de Michael. Tudo o que passamos, a nossa conexão tinha ido embora, e minha vida estava em espera. Perdi a noção do eu, do que fazer comigo.
Conforme o tempo passava, minha depressão se transformou em um estado do que você poderia chamar de cautela calculada, mesmo paranóia. Eu estava sempre pensando dez movimentos à frente. Eu sentia como se tivesse tudo planejado, mas a necessidade de manobrar com tanto sentimento de cálculo não era bom.
Parecia que cada passo que eu dava, provocava ondas de mudança que eu tinha de prever e controlar, no entanto, esta necessidade de controle era a única maneira que eu poderia combater a impotência de estar no limbo, à espera do fim do julgamento. Finalmente, entendi a paranóia de Michael. Ser falsamente acusado, ser julgado pelo público nos torna uma pessoa desesperada para recuperar o controle.
Escusado será dizer que este foi um momento difícil para a minha relação com Valerie. Nós nos amávamos, e nos preocupávamos, um com o outro. Ela estava indo para a escola, vivendo sua vida feliz de estudante, enquanto eu estava deprimido e infeliz.
Valerie e eu éramos jovens, ainda tínhamos algo a crescer, e estávamos geograficamente distantes, um do outro. Além do fator da longa distância, sempre houve problemas entre nós: o segredo do meu trabalho, o estilo de vida incomum que me envolvia, o compromisso de tempo integral.
O julgamento e meu estado de espírito na época eram a última gota. Durante o julgamento, eu senti como se meu mundo fosse desabar. Meu relacionamento, agora, tinha acabado de se tornar outra vítima

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Meu amigo Michael Jackson- Parte 74

Depois dessa viagem, AMBOS - meu advogado Joe Tacopina e o advogado de Michael, Tom Mesereau - me instruíram firmemente a não ter qualquer outro contato com Michael. Se eu fosse chamado a depor, e a promotoria me perguntasse: 'Quando foi a última vez que falou com o Michael?' eles queriam que eu fosse capaz de dizer que não tínhamos nos falado desde que as acusações haviam sido arquivadas.
Mesmo eu não tendo sido acusado, Janet Arvizo estava fazendo acusações criminais contra mim, também. Se qualquer evidência se desenvolvesse durante o julgamento para apoiar suas reivindicações absurdas, seria melhor se eu não tivesse comunicado com Michael. Os advogados não queriam que a gente parecesse estar em combinação.
O raciocínio fazia perfeito sentido para mim, mas uma separação forçada de Michael foi um golpe. Tínhamos experimentado os Arvizo juntos; tínhamos sido acusados juntos, e agora não seríamos capaz de apoiar um ao outro, através do julgamento.
Eu tinha confiança de que nossos advogados iriam revelar a verdade, mas o nosso julgamento no tribunal da opinião pública era uma questão separada. Um jornalista chamado Roger Friedman estava cobrindo o julgamento para um blog chamado Fox Entertainment News FOX411.
Ele havia tentado entrar em contato comigo através de amigos mútuos, mas eu não tinha respondido. Eu nunca tinha falado com a imprensa sobre Michael antes, mas desta Friedman Roger estava escrevendo histórias cotidianas e sua informação estava errada.
Agora, frustrado com o que vi em suas colunas, decidi que, se eles estava escrevendo sobre mim, eles poderiam muito bem ter informações precisas. Eu queria que a verdade fosse conhecida.
Vinnie e eu encontramos com Roger em uma cafeteria na 76 com a Broadway. Vinnie colocou uma maleta de metal grande em cima da mesa e a abriu, em toda a sua extensão. Roger se inclinou para frente, para um olhar mais atento.
Dentro havia pilhas de recibos. Explicamos-lhe que estes eram recibos de todo o dinheiro que havia sido gasto enquanto estávamos cuidando dos Arvizo, durante a sua estadia em Neverland. Havia recibos de hotéis, cinemas, restaurantes e spas. A imprensa nos acusava de raptá-la, mas, como ficou imediatamente claro para Roger, estas não seriam as despesas de seqüestradores e sua vítima indefesa.
Nós a mantínhamos confortável e entretida, enquanto esperávamos que a mídia em torno do vídeo de Bashir esfriasse. Após esta reunião, o tom da escrita de Roger pareceu mudar. Eu não era tão frágil como eu tinha pensado. Eu poderia apoiar Michael, mesmo sem falar com ele.
Naquela primavera, antes do indiciamento, Joe falou com Tom Sneddon, o promotor de Justiça do Condado de Santa Barbara.
'Ouça' disse Sneddon 'Frank está em um navio que está afundando. Ele pode tomar nossa embarcação ou afundar com o navio.'
Ele me ofereceu imunidade se eu concordasse em ir ao escritório da promotoria pública, testemunhar contra Michael. Sei que as pessoas que assistem a shows como Law & Order estão acostumados a pensar que a promotoria pública são os 'mocinhos', mas desta vez, eles estavam do lado errado do caso. Mesmo se eu fosse completamente honesto, eles procurariam maneiras de usar o que eu disse (para ser usado) contra Michael.
Joe me explicou que isto era um plano comum do Ministério Público. Ele se encontrou com essas pessoas, e estava certo de que não tinha provas contra mim. Eles estavam blefando. Ainda era dever de Joe me lembrar que eu estava para ser acusado de um crime grave, e que, em tal situação, muita gente iria direto para a promotoria. Era óbvio para mim. Eu lhe disse que estava por Michael e queria permanecer no curso.
Para me distrair, fui visitar Valerie, que estava em Roma, em uma pausa dos seus estudos de pós-graduação. Eu voei para a Itália, passei algum tempo com Valerie, em seguida, jantei com ela e seus amigos. Um par de dias depois que eu cheguei, eu estava deitado na cama, com Valerie ao meu lado, quando o telefone tocou.
Era Joe Tacopina. Ele disse que Vinnie tinha buscado seu próprio advogado. Eu não podia acreditar. Joe me disse para não se preocupar com isso, mas eu estava magoado. Por que Vinnie faria isso? Nós não estávamos no mesmo barco?
Parte da razão pela qual eu queria ficar com Vinnie foi que me senti horrível e responsável pela sua situação. Eu o conhecia desde que eu tinha treze anos de idade. Eu o trouxe para o mundo de Michael, e agora ele estava nessa situação impensável por causa disso.
Liguei para Vinnie, que tentou me acalmar: 'Frank, você não tem nada para se preocupar. Nós ainda estamos trabalhando juntos. Legalmente, é apenas melhor se tivermos advogados diferentes.'
Eu não gostei da ideia, mas se era o que ele preferia... Mas, então, Vinnie decidiu falar com a promotoria. Ele tinha feito algumas leituras sobre outros casos em que pessoas tinham sido falsamente acusadas, e ele e seu advogado decidiram que fazia sentido contar seu lado da história.
Havia tão poucas evidências para apoiar a acusação de conspiração, que Vinnie pensou que ele poderia mostrar ao promotor que não teria um caso sem que isso implicasse em qualquer outra pessoa. Ele explicou que não tinha Janet Arvizo não era refém, que quando ele a levou em torno de diversas nomeações, teve ampla oportunidade para pedir ajuda ou 'escapar'.
Ele achava que isso era uma boa jogada legal de sua parte, mostrar ao público que não tínhamos nada a esconder. Compreensivelmente ele estava cansado de ficar preso num limbo legal, de ser descartado e caluniado por tubarões da mídia.
Por mais que eu aceitasse a sua lógica, conversar com o promotor era como falar com o diabo em meus olhos. Eles estavam construindo um processo contra Michael, Vinnie e eu. Eles já estavam indo a julgamento. A verdade era irrelevante para eles agora, o que importava para eles era construir o seu caso e ganhar.

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Meu amigo Michael Jackson- Parte 73

Michael sempre foi contra a maconha e outras drogas ilegais. Mas de volta a Miami, um ano antes, Michael havia passado algum tempo com dois dos ex-Bee Gees, Maurice Gibb, que estava em seu leito de morte, e Barry Gibb.
Quando Barry disse a Michael que ele havia gravado suas melhores músicas enquanto fumava maconha, Michael ficou intrigado. Ele era um grande fã dos Bee Gees. As músicas How Deep Is Your Love, Stayin 'Alive e More Than a Womanestavam entre suas favoritas.
E assim, Michael fumou maconha comigo quando estávamos no rancho, trabalhando em vídeos caseiros, e acho que foi a sua primeira vez. Eu me lembro de como, naquele estado mental, as luzes de Neverland vieram à vida.
'Ah, agora tudo faz sentido' Michael disse, enquanto dirigíamos através da propriedade. 'Isto é exatamente o que os índios estavam fazendo quando fumavam o cachimbo da paz.' Gostava (da ideia) que a maconha viesse da terra, o que ajudou a justificar algo que ele sempre tinha sido contra.
Durante o ano passado, nós tínhamos ficado chapados em algumas poucas ocasiões, nas montanhas. Michael era extremamente discreto, ele não queria que ninguém soubesse nada sobre isso. E a boa notícia foi que o segredo estava a salvo.
Assim como saiu, a polícia não tinha encontrado meu pacote, e uma tarde, em uma tentativa de animar a ambos, preparei um cigarro e encontrei Michael no seu escritório, que era uma extensão da casa principal, uma sala quente com pisos de madeira escura, uma mesa bonita, e um sofá.
Seis TVs de tela plana se alinhavam em uma parede - cada qual apresentando um desenho animado diferente. Na parede sobre a lareira, havia um retrato de seis metros de altura de Prince, com a idade de 2 ou 3, dormindo, comigo e com Eddie em pé, um a cada lado dele, mantendo guarda.
'Vamos, vamos fazer uma pausa', sugeri.
'Sim, está bem', disse ele. Saímos e entramos no carrinho de golfe de Michael.
Fomos de carro até as montanhas, e fumamos aquele cigarro, mais quietos do que de costume. Não é que estivéssemos sem assunto, exatamente, mas nós não queríamos falar sobre as acusações iminentes, e nós não poderíamos chegar a qualquer outro assunto para discutir.
Eu queria dizer 'eu avisei...' mas não o fiz. E Michael queria perguntar: 'Como isso aconteceu?' mas não o fez. Em vez disso, ficamos em silêncio e, de vez em quando, eu dizia: 'Você acredita nesta f*** de família?'
'Eu não posso acreditar nesta m****...' Michael respondeu.
Gostaríamos de olhar um para o outro e balançamos a cabeça. Parecia um sonho ruim. Normalmente, teríamos dirigido em torno do rancho, com ou sem o cigarro, tendo a beleza do nosso meio ambiente e apenas curtindo o momento.
Agora nós estávamos tentando, e falhando, em nos distrair da realidade. Pelo meu conhecimento, esta foi a última vez Michael fumou maconha, que foi uma fase de curta duração para nós dois.
Quando chegou a hora para mim, Eddie, e meu pai partirmos, fui ao quarto de Michael para dizer adeus. Apesar de Michael ter voltado a Neverland, ele se recusou a ficar na casa principal, porque ele sentia que tinha sido contaminado pela invasão da polícia.
Em vez disso, ele fugiu para uma das unidades de casas de hóspedes, onde ele ficou com os três filhos. Foi no início da manhã, e Michael ainda estava na cama. As três crianças dormiam no quarto ao lado, de modo que falamos calmamente.
'Temos que rezar' disse para Michael. 'Deus sabe a verdade, e a verdade prevalecerá. Você não tem que pensar duas vezes. Eu estou aqui para você. Minha família está aqui para você. Eu te amo. Eu amo seus filhos. Se você precisar de alguma coisa, qualquer coisa, é só me avisar. Vamos fazê-los parecer com os idiotas que são.'
'Não se preocupe' disse Michael. 'Apenas certifique-se em se manter forte.'
Essa era a sua maneira de reconhecer que eu tinha minhas próprias preocupações sobre o julgamento.
'Reze' disse ele 'e nós vamos comemorar quando tudo acabar.'
Em sua acusação em 16 de janeiro de 2004, Michael havia se declarado inocente de todas as acusações. Então ele saiu e dançou no teto do seu (carro) SUV para as centenas de fãs que se reuniram, para reconhecê-los e mostrar que ele iria lutar com tudo o que tinha.
Este era uma atitude que somente um homem inocente teria. Agora eu lhe disse: 'Quando tudo isso acabar, eu vou subir no carro e dançar com você.'
Eu estava energizado pela minha raiva. Eles achavam que poderiam se safar dessa?
'Ok, Frank' Michael disse, rindo. 'Eu te amo. Tenha um vôo seguro.'
'Certifique-se de tomar banho e escovar os dentes antes de ir ao tribunal, para que você não mate nenhum dos jurados' eu lhe disse, através de um grande sorriso.
Eu beijei seus filhos na testa, que estavam adormecidos, e saí da sala. Meu pai tinha dito adeus na noite anterior, mas Eddie entrou depois de mim para se despedir.
Eu tinha dito adeus a Michael, mas eu gostaria de ter abrandado no meu caminho ainda no carro, guardando um momento para olhar em volta para a bela casa, os fundamentos expostos, o lago, os caminhos, as montanhas. Eu não tinha ideia que seria a última vez que eu veria Neverland.

Créditos a http://offthewall.forumeiros.com

Meu amigo Michael Jackson- Parte 72

A graça salvadora era que em todos os noticiários, e até mesmo nos documentos judiciais, fui chamado de Frank Tyson (e não Cascio). Meus primeiros esforços para separar o trabalho e a família teve um efeito colateral benéfico que eu nunca poderia ter imaginado.
Meu nome de família manteve-se à parte, que não só significou que meus pais estavam um pouco protegidos, mas que eu tinha um lugar para ir. Na minha vida empresarial, voltei a ser Frank Cascio. Fazia um tempo, mas eu estava sozinho de novo.
Eu não havia sido acusado de qualquer crime, mas sabíamos, desde os vazamentos no Celebrity Justice e outras fontes de notícias, que eu estava envolvido, de alguma forma. Mais tarde, em Janeiro de 2004, quando Michael foi acusado, Vinnie e eu estávamos citados como co-conspiradores.
Como Joe explicou o termo co-conspirador, isso significava que não estávamos sendo acusados ​​de quaisquer crimes e que os promotores não tinham nenhuma prova contra nós. Estávamos seguro por agora, mas se Michael fosse condenado, eles provavelmente nos cobrariam. Meu destino, como tinha sido durante a maior parte da minha vida, estava amarrado a Michael.
Logo após a denúncia, eu liguei para Michael. Ele e as crianças tinham voltado a Neverland. Pedi para dizer 'oi' para as crianças, e Prince veio ao telefone.
'Frank..' ele disse: 'Papai está triste. Você vai vir aqui? Papai vai ficar bem?' Ele partiu meu coração.
'É claro que o papai vai ficar bem' eu assegurei a ele.
'Tudo está perfeito. Eu estarei lá assim que eu puder.'
O fato de que eu não tinha sido cobrado na acusação significava que eu não estava prestes a ser intimado ou preso, mas Joe ainda não me queria em contato com Michael. Contra o seu conselho, eu voei para LA com meu pai e Eddie para visitar Michael por um par de dias no rancho.
No avião, sentei-me com o meu irmão, meu pai sentou-se sozinho. Dez anos antes de nós, os três tinham voado para Tel Aviv para tranquilizar Michael que ele tinha o nosso apoio no caso Jordy Chandler. Agora. voltamos para fazer o mesmo.
Como crianças em 1993, Eddie e eu estávamos alegremente alheios às circunstâncias de Michael. Desta vez, éramos adultos, plenamente conscientes da gravidade das acusações e do preço que custaria a Michael.
Quando entramos na casa principal, meu pai cumprimentou Michael e o tranquilizou que estávamos todos lá para ele, as crianças correram até nós e nos abraçaram. Apesar do apelo de Prince (ao telefone), ele parecia feliz e despreocupado. Eles sabiam que o pai estava em apuros, mas Michael teve o cuidado de protegê-los dos detalhes.
Ele sempre foi cuidadoso em protegê-los, no bom e no ruim da fama. Ele não queria que eles fossem cercados por seus fãs ou vê-los em um estádio lotado. Ele não os queria na internet, por medo de que fizessem uma pesquisa em seu nome e vissem os boatos sobre seu pai, eles eram jovens demais para compreender.
E agora ele fazia o possível para protegê-los da loucura batendo à porta. Uma vez que as crianças estavam fora do alcance de nossas vozes, nós falamos sobre o julgamento iminente, e depois tentamos nos divertir.
Em 1993, na turnê Dangerous, distraímos Michael explorando cidades estrangeiras, jogando balões de água pelas janelas dos hotéis e destruindo um quarto de hotel (...aconteceu uma vez, apenas uma vez).
Como adultos, recorríamos a assistir filmes e sair. Nós sempre dizíamos: "Vamos apenas sentar e feder", e isso era exatamente o que fazíamos. Apesar de não dizê-lo abertamente, o que fizemos foi um esforço para demonstrar a Michael que tudo ficaria bem.
Ainda assim, como otimistas que tentávamos ser, era evidente que o peso destas novas alegações era opressivo. Michael estava mentalmente e fisicamente drenado. Ele dormia muito. Eu me peguei pensando de volta, nas lições que ele havia me ensinado sobre como controlar o resultado das circunstâncias.
Eu não sabia se ele estava visualizando o resultado que queria, a fim de fazer acontecer. Nós não estávamos falando esse tipo de conversa.
O que eu sabia era que, mais do que qualquer coisa que eu tinha passado com ele, este seria um teste de sua vontade e de sua fé em si mesmo
'Uma das primeiras coisas que eu tinha feito, ao chegar no rancho, foi verificar se meu pequeno pacote de maconha ainda estava em seu esconderijo, no meu quarto. Eu estava preocupado que a polícia poderia tê-lo encontrado no ataque e que de alguma forma ela seria usada contra Michael.

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Meu amigo Michael Jackson- Parte 71

Gary, o mesmo motorista que Michael teve por anos, nos levou a fazer um pouco de compras, e pegamos alguns Kentucky Fried Chicken*.
(O KFC ou Kentucky Fried Chicken é uma rede de restaurantes de comida rápida nos E.U.A. que explora a antiga receita de frango frito do Kentucky - nota do blog)
Depois que as crianças foram dormir, nós abrimos uma garrafa de vinho e contamos piadas. Todos os nossos outros negócios haviam chegado a um impasse quanto à sua prioridade, nossa primeira foi passar o julgamento, mas estávamos otimistas.
Michael se mantinha junto, esperando e esperando o melhor, mas eu podia ver que ele não era ele mesmo. Havia tristeza em seus olhos. Depois da minha estadia em Neverland, voltei para Nova York, supostamente para voltar para minha vida.
Obviamente, eu não poderia trabalhar no relançamento da marca Michael Jackson. Em vez disso, eu comecei a produzir um tributo para Patti LaBelle para a UPN, montando um desempenho de estrela nas Bahamas, para comemorar seus quarenta e cinco anos na indústria da música.
Eu me mudei para um apartamento em Manhattan. Pouco antes do Natal, em 18 de dezembro de 2003, Michael foi oficialmente acusado de sete crimes de abuso sexual de crianças e duas acusações de administração de um agente intoxicante, isto é, os Arvizo estavam reivindicando que ele embebedou Gavin, a fim de molestá-lo.
De acordo com os documentos legais, esses crimes ocorreram em fevereiro e março de 2003, quando estávamos todos em Neverland, após o fiasco de Bashir. Não muito tempo depois de as acusações oficiais serem arquivadas, Vinnie e eu começamos a receber chamadas a partir do escritório da promotoria, dizendo que queriam nos falar, pois tinham ficado em Neverland durante o período em questão.
'Frank' disse Vinnie. 'Olha, eu não sei a nossa posição, mas eu acho que é hora temos um advogado.'
Eu liguei para Al Malnik, que me deu alguns nomes, e eu os escrevi, ainda não processando totalmente tudo o que estava acontecendo.
Após nos encontrarmos com alguns poucos super-advogados, Vinnie e eu fomos ao escritório de Joe Tacopina, em Manhattan. Na sala de espera, a primeira coisa que vi foi uma imagem do advogado com sua esposa e filhos. Um homem de família. Eu gostei disso.
Então, em uma TV, que estava em segundo plano, eu vi Juventus, meu time de futebol favorito, jogando uma partida. Joe me disse que era sua equipe favorita, também. Todos nós três tínhamos o futebol em comum. Ficou estabelecido. Ele era o nosso advogado.
Joe falou com o escritório do advogado de distrito. Eles indicaram que eles estavam indo para um grande júri, que significava que eles achavam que tinham provas suficientes para justificar um julgamento. Sua história foi que Michael e eu tínhamos formado uma conspiração em que o ajudei a ganhar acesso a Gavin, em seguida, teria encobrido várias atividades nefastas e adulterado testemunhas.
Ao longo de várias reuniões, Vinnie e eu demos a Joe um histórico detalhado de nossas interações com os Arvizo. Tenho a certeza que Joe entendeu que eu acreditava que os Arvizo eram mentirosos, que não tínha nada a esconder, e que eu queria fazer tudo o que poderia para apoiar Michael.
Joe pensou que tínhamos evidências consideráveis ​​mostrando que não houve conspiração, mas este era um caso de alto nível com - como ele dizia - um promotor fanático, com uma agenda clara. Ele temia que Vinnie e eu seríamos arrastados porque a ideia de ter havido uma conspiração deixava o caso ainda mais sinistro. Ele iria trabalhar com o advogado de Michael, fornecendo-lhe nossas evidências para apoiar seu caso, sempre que ele precisasse.
Naquele Natal, Joe não queria me ver com Michael. Nós não sabíamos se os encargos seriam trazidos contra mim, e qualquer outro contato que tivesse com Michael seria usado contra mim. Então, meus irmãos Eddie, Aldo e Dominic foram para Los Angeles para passar o Natal com Michael, na casa em Coldwater Canyon, enquanto eu tive um Natal tranquilo com meus pais, em casa.
Michael agiu como Papai Noel - mesmo de tão longe, mandou presentes para mim: uma câmera digital e um iPod. Eu estava grato, ainda mais porque eu tomei isso como um sinal de que ele ainda estava centrado.
Certa manhã, em janeiro, eu desci as escadas para tomar um café e coprar cigarros na loja da esquina. Eu tinha o cabelo comprido, no momento, e eu estava usando meus óculos escuros habituais e um capuz. A televisão estava ligada na loja, passava um show chamado Celebrity Justice.
Enquanto eu esperava para pagar as minhas coisas, uma imagem minha surgiu na tela. Eu assisti horrorizado como o narrador de TV me fez parecer um mafioso de Nova Jersey e alegou que eu tinha tentado sequestrar a família de Gavin Arvizo e os manteve como reféns em Neverland.
A imprensa chegou a relatar que eu tentei raptar os Arvizo e levá-los ao Brasil, possivelmente para fazê-los 'desaparecer'. Isso era história para um grande filme. Voltando para quando eu absorvi o conselho de Michael para ser como Jonathan Livingston Seagull, para levar uma vida extraordinária, sendo falsamente acusado de seqüestro não era exatamente o que eu tinha imaginado.
Uma graciosa senhora de idade na minha frente, na fila, disse:
'Espero que eles peguem aquele bastardo!'
'Eu também' eu disse.
Pensei em todos aqueles momentos em que Michael e eu saímos pelo mundo, assumindo disfarces que ele precisava e que eu usava apenas por diversão. Agora, eu tinha um motivo real para proteger a minha identidade e me senti simplesmente horrível.
Havia pessoas de todo o mundo ouvindo essas acusações ridículas, formando opiniões sobre mim. Uma vez que elas não sabiam a verdade, que razão teriam para não acreditar no que ouviam? E então, eu tive um gostinho do que Michael experimentava em cada dia de sua vida

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Meu amigo Michael Jackson- Parte 70

Eu era oficialmente sem-teto, como eu tinha sido parte da minha vida adulta. Michael tinha me condicionado a ser um cara de hotel. Então, Vinnie e eu estávamos acampados na casa dos meus pais, trabalhando com a TV ligada, quando percebemos uma chamada de notícias na tela.
Ele dizia que o rancho de Michael estava sendo invadido pela polícia. Uma vista aérea de Neverland surgiu na tela. A chamada nos dizia que havia denúncias de que Michael havia cometido "atos obscenos e lascivos" com um menor com idade inferior a 14.
Vinnie e eu olhamos um para o outro horrorizados, então voltamos para a tela. P*****.
'Quem fez isso?' Vinnie perguntou. 'Quem acusou Michael?' A notícia não dava o nome do acusador, mas não precisava de um. Eu sabia que isso vinha dos Arvizo. Chamei meus pais, e tentamos chegar a Michael, mas não conseguimos.
Todos os nossos telefones tocavam - uma mistura de amigos e colegas, preocupados, querendo saber o que estava acontecendo. Alguém confirmou que os acusadores eram os Arvizo. Claro, quem mais poderia ter sido?
Nós já estivemos aqui antes. Eu era jovem na época, mas eu tinha visto os anos de danos que tais primeiras acusações tinham infligido no coração de Michael, assim como sua imagem pública. Novamente, ele estava sendo atacado por mentirosos.
Nunca havia confiado nos Arvizo, e agora o pior tinha acontecido. Por que Michael não tinha rompido os laços com a família por volta de 2000? Por que ele os convidou de volta em sua vida para o vídeo de Bashir? Porque tivemos que levá-los a lidar com as consequências?
Eu estava zangado com a mãe de Gavin, é claro, mas eu também estava com raiva de Michael, por tolamente permitir a ela fugir com suas manipulações sobre seus filhos e com raiva de mim mesmo, por não agir de forma mais agressiva. Afinal, tinha amplos motivos para duvidar das intenções de Janet desde o início, ainda tínhamos ficado de lado, enquanto ela criava essa situação.
Todas as alegações eram bobagens. Não havia nada de ambíguo sobre a coisa toda. Essas pessoas estavam atrás do dinheiro de Michael. Mas ele era inocente, e nós estávamos indo para destruí-los no tribunal. Eu me senti confiante sobre isso.
O que eu não sabia, na época, era sobre a grande batalha que iria acabar por ter de lutar, e quão pesado e exato seria o preço. Eu não tinha idéia que seria uma cunha entre mim e Michael, à qual a maioria das amizades não poderia esperar sobreviver.
Michael, Aldo e Marie Nicole estavam passando o seu último dia em Las Vegas, quando receberam a notícia de que o rancho estava sendo invadido novamente, e logo foram para seu hotel. Mas o hotel não os recebeu, por medo do ataque da mídia iminente.
Eles foram para outro hotel, mas foram rejeitados lá, também. Hotel após hotel os recusaram, por medo da tempestade da mídia. Os três circularam por Las Vegas, sem refúgio, enquanto Michael ficava cada vez mais agitado. Finalmente, Karen foi capaz de garantir-lhes um quarto de hotel.
Pelo que meu irmão e minha irmã me disseram, uma vez que ele chegou até o quarto, Michael ficou transtornado. Ele não podia acreditar que aquilo estava acontecendo. Mais uma vez. Ele foi balístico, derrubando mesas, jogando cadeiras, destruindo tudo à vista.
Se Aldo e Nicole Marie não estivessem lá, eu teria ficado preocupado com sua segurança. A viagem ao exterior foi cancelada, a gravação do vídeo para One More Chance nunca foi remarcada, e Aldo e Marie Nicole voltaram para casa, em New Jersey.
Michael não queria voltar a Neverland, a qual ele sentia, mais uma vez, violada por uma batida policial. Em vez disso, ele alugou uma casa de Coldwater Canyon, em Los Angeles. Uma semana depois, fui visitá-lo, mas porque o promotor estava pensando em me intimar e por haver especulações sobre um mandado de prisão contra mim, eu queria ficar fora do radar. Então eu voei para Las Vegas. O motorista de Michael me pegou e me levou para Los Angeles
Quando cheguei, Randy, o irmão de Michael, estava na casa. Em todos os meus anos com Michael, eu nunca tinha passado algum tempo com Randy, e eu estava um pouco surpreso de vê-lo lá agora, embora fosse claro que ele tinha dado um passo para apoiar Michael.
Ele estava tentando ajudar seu irmão e para ficar a par das coisas, e por Michael, que poderia ser resistente, fui grato. Nós três nos sentamos na mesa da cozinha para nos recuperarmos. Passamos um tempo agradável com Randy. Eu realmente gosto dele, e Michael estava claramente feliz por tê-lo por perto. Eu garanti a ambos que eu faria qualquer coisa que eu pudesse para ajudar e que eu estaria com Michael, até o fim.
Nós saímos somente dois dias depois, tentando não pensar ou falar sobre o que estava na vanguarda de nossos pensamentos. Havia uma pista de boliche em casa, então jogamos.

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Meu amigo Michael Jackson- Parte 69

Podíamos subsistir em duas ou três horas de sono por noite, mas isso não importava, porque a adrenalina de todos estava em alta. Estávamos todos trabalhando duro e nos divertindo. Acreditávamos em Michael e no que estávamos fazendo. Parecia que a máquina tinha sido posta em prática, a fim de reconstruir os negócios de Michael, a carreira e a imagem.
Enquanto isso, Michael estava longe dos seus medicamentos, e Dr. Farshchian tinha para ele um programa de vitaminas e suplementos que parecia estar funcionando. Al Malnik estava executando sua organização, e ele estava no caminho certo para executar cada etapa para Michael.
Al colocou Michael de volta no caminho certo para começar a ganhar dinheiro, novamente. Ele foi a melhor coisa que aconteceu com Michael. Michael estava viajando e voltou a Miami, onde se encontrou com Al e fez exames de rotina com o Dr. Farshchian. Ele estava trabalhando em um novo álbum - Number Ones - um álbum de hits. No estúdio, ele estava tocando algumas faixas novas, uma dos quais, One More Chance, que iria acabar no álbum.
Ele passou um tempo com seus filhos. Blanket, que tinha um ano e meio no verão, estava desenvolvendo uma personalidade engraçada. Ele amava o Homem-Aranha. (Michael amava o Homem-Aranha e todos os quadrinhos daMarvel, então é claro, os meninos amavam, também. Naquele ano, no sexto aniversário de Prince, ele teve uma festa do Homem-Aranha).
'Eu sou o Homem-Aranha' eu dizia para Blanket.
'Não, eu sou o Homem-Aranha!' ele respondia, com a sua voz engraçada de garotinho.
'Mas eu sou o Homem-Aranha... ' eu insistia. Depois de idas e vindas por um bom tempo, Blanket fingia atirar teias em mim.
'Frank, você tem que cair' ele dizia. 'Eu peguei você.'
'Não, você perdeu' eu dizia. Ele atirava novamente e, dessa vez, eu desabava no chão, lutando contra a teia invisível na qual eu tinha sido preso.
Durante este período, a imprensa retratava Michael como um homem preso em uma espiral descendente. Os protestos contra a Sony, o bebê na varanda, o vídeo de Bashir, sua aparência mudando ... Para o mundo exterior, estas questões vieram para ofuscar Michael, seu talento e sua carreira.
Mas para aqueles de nós que realmente conheciam Michael, tal retrato não poderia estar mais longe da verdade. Não havia sinal de que ele estava perdendo o controle, nenhum sinal de que ele estava indo ladeira abaixo. Na realidade, ele estava mais vibrante e engajado do que tinha estado, nos últimos anos. Eu senti como se ele estivesse virando uma página, e eu não era o único. Todos em torno dele sentiram a mesma coisa.
Se você comparar o filme de Michael em Home Movies para o que você vê dele no vídeo de Bashir, você pode ter uma noção do que vimos: o quanto feliz ele estava foi durante a primavera e verão, em Neverland. Em Home Movies, ele volta a ser ele mesmo. Ele está brincando e feliz. Todo o seu comportamento está relaxado.
Trabalhando com música no estúdio de dança com Brad durante o dia, ele jantava e se socializava com todos à noite, Brett Ratner, Chris Tucker, eu, Vinnie, alguns primos de Michael e as belas amigas de Brett. Ele se juntava a nós na sala de jogos ou levava todos ao cinema para assistir a vídeos musicais.
Às vezes, no passado, quando Neverland estava cheia de gente, Michael se preservava em seu quarto, mas não desta vez. Ele estava absolutamente presente, um anfitrião orgulhoso.
Em 30 de agosto, Michael comemorou seu aniversário de 45 anos com seus fãs. Ele não se apresentou - os fãs interpretaram suas canções - mas quando ele lhes agradeceu, mencionou alguns dos projetos que ele via pela frente:
A nova linha de merchandising que Vinnie e eu estávamos desenvolvendo, hotéis resort, e um novo projeto de caridade que envolvia orientação. Ele se comprometeu a fazer Neverland mais acessível aos seus fãs, o anúncio teve a maior torcida, é claro.
Ele estava estudando também tecnologia 3-D, ele estava a par sobre onde os filmes estavam se dirigindo, e planejava um evento de caridade em Neverland enorme, a ser realizado em setembro de 2003. O próximo capítulo na vida de Michael prometia incluir seus diversos interesses, que se estendiam muito além dos álbuns de sucesso que o mundo esperava dele.
Ele estava de volta à sua auto dinâmica de idade. Ele estava no comando de sua vida. E eu, por exemplo, não poderia estar mais animado por fazer parte de tudo isso
'Em 18 de novembro de 2003, Number Ones foi lançado, mas a estréia do álbum foi imediatamente superada pela maior notícia. No dia após o lançamento, eu estava de volta a Nova Jersey, trabalhando com Vinnie por conta do novo merchandising de Michael.
Michael tinha ido a Las Vegas, onde ele estava filmando o vídeo para a música One More Chance, mas a produção tinha sido interrompida por causa de outro conflito com Tommy Mottola. Michael queria que meu irmão Aldo e minha irmã, Nicole Marie, ambos bailarinos, participassem no vídeo, mas Tommy Mottola não queria que crianças aparecessem nele.
Marc Schaffel estava ao lado de Michael, quando ouviu a discussão acalorada de ambos.
'Danem-se vocês' disse Michael, através de Marc Schaffel, que estava servindo como intermediário a Tommy. Eu não vou fazê-lo sem as crianças. Estamos fechando.'
One More Chance era uma das novas faixas em Number Ones, e a Sony precisava do vídeo para promover o álbum. Meses de trabalho e preparação tinham ido para a criação de um estúdio em Las Vegas.
'Eu não gosto do conceito, de qualquer maneira.' Michael disse a Tommy. 'Ele parece muito com Smooth Criminal. Temos de fazer algo novo e fresco, de qualquer maneira. Vamos derrubá-lo nós mesmos, na estrada.'
Assim, a produção de vídeo foi cancelada. Através de Marc, Michael planejou uma viagem de seis meses para a Europa, África e Brasil, durante a qual ele iria filmar o vídeo. Ele e sua comitiva estavam programados para partir no dia seguinte, mas seus planos estavam prestes a mudar.

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Meu amigo Michael Jackson- Parte 68

Michael tinha acabado de dar um laptop a Gavin como um presente, e quando voltamos para a sala, fomos recebidos pela visão de um menino de 13 anos de idade acessando um site de pornografia na Internet.
Eu não acho que o garoto tinha o hábito de pornografia ou qualquer coisa. Ele era apenas um adolescente explorar a Web, pela primeira vez. Ele continuou dizendo:
'Frank, olha para isto. Frank, olha isso.'
Eu não prestei muita atenção, mas quando Gavin e Star tentaram mostrar algo para Michael na tela, ele disse:
'Frank, eles não podem fazer isso. Eu não quero isso voltando contra mim.' e saiu da sala.
Em algum momento, eu fiz os meninos pararem de assistir a pornografia. Eu não tinha apresentado a eles, lhes sugerido, ou lhes mostrado qualquer coisa de qualquer maneira. Tanto quanto eu estava preocupado, eles estavam apenas sendo meninos... fazendo o que os garotos com acesso à Internet tendem a fazer.
Mais tarde, Michael voltou para o quarto e colocou um filme, uma espécie de desenho.
Naquela noite, ele e eu fizemos as nossas camas junto ao quarto perto das escadas, mas os dois meninos nos queriam no mesmo quarto com eles, então eles tomaram a cama e Michael e eu dormimos no chão.
No dia seguinte, Michael me disse que era uma coisa boa eu ter ficado no quarto.
'Eu não gosto da mãe' disse ele.
'Estou feliz que você finalmente veja isto. Ela é doente da cabeça' eu disse.
Eu sempre vi isso ele me disse, e em seguida, repetindo um sentimento que eu tinha ouvido muitas vezes, ele acrescentou: 'Essas crianças inocentes sofrem por causa dos pais.'
Como a conseqüência desagradável da entrevista de Bashir continuava, decidimos que poderia ser sábio tirar férias. Nós todos relaxamos na praia, enquanto tudo se acalmava. Marc Schaffel tinha acesso a um apartamento no Brasil, então decidimos ir para lá. Pessoalmente, eu estava ansioso para a viagem. Praias ... garotas ... duas semanas de férias.
Eu não podia esperar para sair. Mas Gavin tinha consultas médicas agendadas, e ficou claro que os Arvizo relutavam em ir, por isso, cancelamos a viagem.
Eventualmente, o circo da mídia se apagou. Um dia, Janet telefonou e disse que o avô das crianças estava doente e que queria ir vê-lo, então, em março de 2003, lhe enviamos a caminho.
Eles tinham estado no rancho por menos de um mês, e todo mundo em Neverland, os moradores e funcionários, ficaram encantados em vê-los partir
'Houve especulação desenfreada na mídia sobre a enorme carga emocional que o vídeo de Bashir havia colocado sobre Michael, com relatórios declarando que ele nunca recuperaria, mas isso absolutamente não era assim. Nos meses seguintes a essas transmissões televisivas selvagens, Michael estava em grande espírito.
Nós próximos seis ou sete meses, ele ficou em Neverland. Vinnie e eu estávamos lá também - para lá e para cá entreNeverland e a casa de Marc Schaffel em Calabasas - e todos nós nos divertimos muito. A energia era elevada.
Em Neverland, Vinnie e eu estávamos ajudando o cineasta Brett Ratner em uma uma versão mais longa da refutação,Michael Jackson’s Private Home Movies, que incorporava imagens do vídeo de Bashir, os vídeos de Michael, e novas entrevistas com amigos de Michael e família, na esperança de criar um verdadeiro retrato dele - o que ele queria mostrar ao mundo.
Então, Brett traria algumas mulheres bonitas para visitar, o que mantinha as coisas interessantes. O ator Chris Tucker, um amigo próximo de Michael, estava vivendo em um ônibus estacionado no enorme rancho.
Filmamos todo o projeto no local - nós não queríamos deixar o rancho, por isso havia uma equipe de produção inteira em Neverland - eu, Vinnie, Ratner Brett, Marc Schaffel, e outros. Juntos, gastamos horas e horas de filmagem.
Quando era o momento de unir os vídeos caseiros particulares, Michael colocou as suas mãos. Mostramos a ele os cortes, ele tomava notas. Ele sempre foi interessado em cinema, e a sua colaboração deu o impulso tão necessário, no sentido de controlar a forma como ele foi representado para o mundo e garantir o que era preciso.
Em 24 de abril de 2003, quando Home Movies foi exibido na Fox como um especial de duas horas, muitos espectadores sintonizaram e Michael se sentiu vingado pela audiência. Claro, imagens positivas não recebem tanta atenção na imprensa como as negativas. Tivemos que contar com as pessoas tendo a oportunidade de formar suas próprias opiniões. Nós esperávamos que fosse assim.
Depois que os vídeos caseiros foram lançados, Vinnie e eu começamos a trabalhar em um novo projeto. Como parte do esforço para corrigir a imagem de Michael, nós estávamos relançando a marca de Michael e merchandising.
Se tratado adequadamente, o licenciamento do nome e imagem de Michael poderia ser um negócio de bilhões de dólares, só por ele mesmo. Embora eu tivesse aquela pausa com Michael para explorar outras oportunidades, a verdade era que este era o lugar onde eu mais queria estar. Era exatamente o papel no qual eu queria atuar.
Muito do meu entusiasmo veio por saber que havia uma grande equipe no lugar. Al Malnik continuou a executar a operação de Michael em Miami, e deixe-me lhes dizer, Al passou um sufoco. Tudo passava por ele. Mas, independentemente de onde estávamos, todos compartilhávamos a mesma visão.

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Meu amigo Michael Jackson- Parte 67

Isso me lembrou de como a mídia havia cercado a casa quando Eddie e eu voltamos da turnê Dangerous. Eu não amava a família Arvizo, mas por ter passado por uma experiência semelhante, eu achei que eles mereciam algum abrigo da tempestade.
Em Neverland, os Arvizo fizeram uma entrevista para o vídeo de refutação em que afirmavam, em termos inequívocos, que o comportamento de Michael nunca tinha sido inadequado. Os meninos disseram que quando eles dormiam na cama de Michael, ele havia dormido no chão.
Em 20 de fevereiro, o Departamento de Crianças e Serviços de Família de Los Angeles entrevistou a família Arvizo, em resposta a uma queixa apresentada por um funcionário da escola, que tinha visto o vídeo de Bashir. A família inteira, um por um, novamente afirmou que Michael nunca havia iniciado qualquer contato inadequado, e o caso foi encerrado.
Três dias depois, em 23 de fevereiro de 2003, nossa réplica foi ao ar, apenas três semanas após a cerimônia do documentário de Bashir. Ela foi bem recebida, e houve uma enxurrada da imprensa condenando as táticas jornalísticas de Bashir.
Estávamos todos fazendo o nosso melhor para limpar o ar, mas, além destes esforços, eu tenho que dizer que era 'um saco' ter os Arvizos ao redor. Eles eram rudes e desrespeitosos. As crianças conduziam os carrinhos de golfe descontroladamente ao redor da propriedade, quebrando-os contra as coisas.
(Eu acho que eles confundiram Neverland com o pavilhão de carro pára-choques)
O comportamento da mãe de Gavin, Janet, era irregular. Ou ela exigia sair com o motorista para algum lugar ou se trancava em seu quarto todos os dias, ordenando vários serviços à equipe. Era como ser babá, e porque eu estava trabalhando em outros projetos, Vinnie ficou preso à ingrata tarefa de lidar com isto.
O comportamento bizarro de Janet Arvizo logo se tornou um assunto de preocupação para mim e Vinnie. A primeira causa de alarme surgiu quando ela se aproximou de Vinnie e acusou um dos conselheiros de negócios de Michael de assédio sexual.
'Ele queria dormir comigo', disse para Vinnie. 'Ele estava em cima de mim, pergunte a qualquer um.'
Vinnie veio a mim, profundamente preocupado. Era uma acusação chocante e perturbadora, eu e ele levamos muito a sério. Quando começamos a investigar, no entanto, conversando com o acusado e com as pessoas que Janet alegou ter visto o comportamento do assessor, rapidamente se tornou evidente que nada havia acontecido.
Outra vez, eu estava em uma churrascaria com Janet e seus três filhos, quando os dois meninos anunciaram que queriam fazer cinema quando crescessem.
'Vão bem na escola.' Eu disse a eles '... e um dia nós vamos ajudá-los a realizar seus sonhos.'
Então Davelin, sua irmã, declarou: 'Eu quero ser dentista.'
Janet se inclinou e sussurrou no ouvido da menina, e de repente, Davelin começou a chorar. Então, em um pouco menos do que forma convincente, ela anunciou: 'Eu quero ser uma atriz, também.'
Eu não tinha ideia de quanto tempo todas as crianças Arvizo estariam praticando suas habilidades de atuação. Logo depois, Vinnie estava em um shopping com Janet e seus três filhos, Gavin, Star e Davelin. Eles viram alguma celebridade passa por Janet e, de repente, foi estimulado a agir.
'Gavin!' Ela chamou. 'Gavin, vá até ele e lhe dizer quem você é. Diga-lhe que você é o garoto no vídeo de Michael Jackson.'
Gavin não estava especialmente ansioso para fazer isso, e voltando-se para Vinnie, ele disse:
'Eu não quero ir até alguém que eu não conheço e dizer ele que eu sou amigo de Michael Jackson.'
Ele conseguiu se manter parado até que a celebridade desaparecesse em uma loja. Mas Vinnie me contou a história mais tarde. Janet claramente gostava que os seus filhos cultivassem amizades com celebridades. Tudo que posso dizer é que aquilo era grosseiro.
Então veio a noite, quando Gavin e seu irmão Star pediram a Michael que lhes permitisse dormir com ele.
'Podemos dormir no seu quarto à noite? Podemos dormir na sua cama hoje?' Os meninos imploraram.
'Minha mãe disse que está tudo bem, se estiver tudo bem para você..' Gavin acrescentou.
Michael, que sempre teve dificuldade em dizer 'não' às crianças, respondeu: 'Claro, sem problema.' Mas depois ele veio até mim.
'Ela está empurrando seus filhos para mim' disse ele, visivelmente preocupado.
Ele tinha um sentimento estranho, desconfortável com isso. 'Frank, eles não podem ficar.'
Ele era absolutamente consciente dos riscos que corria ao concordar em dividir um quarto com estes meninos, especialmente porque esta era a questão que provocou tal furor no vídeo de Bashir.
'Não' eu disse, sem rodeios.. 'eles não podem ficar. A família deles é louca.'
Mas Michael não sabia como dizer 'não' para Gavin, então ele me pediu para lidar com a situação. Fui para as crianças e disse: 'Michael tem que dormir. Sinto muito, vocês não podem ficar em seu quarto.'
Gavin e Star continuavam a pedir, eu não parava de dizer 'não' e, em seguida, Janet disse a Michael:
'Eles realmente quero ficar com você. Está tudo bem por mim.'
Michael cedeu. Ele não queria deixar as crianças tristes. Seu coração ficou no caminho, mas ele tinha plena consciência do risco. Ele me disse:
'Frank, se eles ficarem no meu quarto, você vai ficar comigo. Eu não confio nesta mãe. Ela está f*****.'
Eu era totalmente contra isso, mas eu disse:
'Tudo certo. Fazemos o que temos de fazer.'
Tendo-me lá como testemunha, salvaguardaria Michael contra quaisquer ideias sombrias que os Arvizo poderiam argumentar. Ou então, nós dois éramos suficientemente ingênuos para pensar desta forma.
Naquela noite, nós assistimos filmes e saímos. Em algum momento, Michael e eu invadimos a cozinha. Voltamos para a sala com Doritos, pudim de baunilha, algumas latas de Yoo-hoo e amendoim.

Meu amigo Michael Jackson- Parte 66

Ele esperava que as entrevistas de Bashir o ligariam com seus fãs e ao público em geral. Ele queria ser aberto sobre sua vida e ser compreendido. Ele achou que a entrevista seria algo que poderia se orgulhar, algo que ele iria mostrar aos seus filhos um dia, uma parte de seu legado.
Em vez disso, pela segunda vez em sua vida, o mundo pegou a maior paixão de Michael - as crianças - e o acusou de fazer o oposto: feri-las.
Eu pensei que isso era mais do que f**** com ele. Era horrível. Eu havia conhecido Michael durante a maior parte da minha vida. Ele foi a pessoa mais mágica que já conheci.
'Quando nós tomamos conhecimento da resposta da imprensa e do público sobre o vídeo, Michael ficou desapontado, mais que qualquer outra coisa.
'Eu confiei em Uri' disse ele. 'Eu confiei em Martin Bashir. Eu não posso acreditar que isso está acontecendo. Está tudo distorcido. Era para eu ter edição final.'
Michael nunca falou com Uri Geller novamente, mas ele se culpou por ter confiado nas pessoas erradas. Ele não disse isso, mas eu vi, na sua decepção, a constatação de que, no final do dia, o desastre também era da sua responsabilidade.
No passado, o desprezo de Michael pela opinião das pessoas o impedia de responder publicamente, mas agora que ele tinha filhos, ele estava determinado a ajustar a questão. Ele emitiu uma declaração dizendo que achava que o vídeo era uma farsa da verdade.
Então, Michael e eu falamos com Marc Schaffel. Michael sabia que Marc faria o trabalho, mas ele também gostava de trabalhar (com Marc) porque (Michael) podia brincar com ele. Marc adicionava leveza para cada desafio. Decidimos fazer um vídeo de refutação, mostrando o verdadeiro Michael e expondo as deturpações viciosas de Bashir.
Meu foco agora era usar a filmagem que Michael tinha feito, a fim de limpar o nome de Michael. Eu imediatamente comecei a trabalhar com Marc sobre o vídeo de Michael Jackson: The Footage You Never Were Meant to See.
Nós nos esforçamos para lançar um filme que mostrasse a edição manipuladora de Bashir, e então a versão real, para que os espectadores pudessem ver exatamente como as palavras de Michael tinham sido descaradamente distorcidas, para mostrá-lo sob uma luz negativa.
Por esta altura, Marc Schaffel perguntou a Debbie Rowe se ela queria participar da contraprova. Marc tinha conhecido Debbie durante anos. Na verdade, foi através de seu antigo empregador, o Dr. Klein, que Marc e Michael se conheceram.
Debbie não estava feliz com a cobertura da imprensa sobre Michael, ela mesma e as crianças. Algumas histórias, como o bebê na varanda, colocavam claramente em questão a competência de Michael, como um pai.
Outros criticaram a estrutura da família, acusando a mãe das crianças de ser 'sem coração', vendendo seus filhos para Michael. Debbie estava frustrada por ser incapaz de defender suas decisões e sobre as habilidades paternas, enquanto Michael, (chateado) por causa da cláusula de confidencialidade em sua sentença de divórcio.
'Eu não gosto de como a mídia está retratando Michael' ela disse a Marc. 'Eu não tenho problemas em me expressar, se Michael estiver disposto.'
Assim, Michael e Debbie assinaram um acordo, dando-lhe permissão para falar sobre ele como um pai. Não ditando o que ela diria, mas apenas a deixando livre para expressar suas opiniões, em uma entrevista com Marc.
Tinha sido um grande ponto, no divórcio, que ela estaria proibida de falar qualquer coisa sobre as crianças e Michael, de modo que ela queria ter certeza de que Michael estava sinceramente disposto a deixá-la falar.
E assim, antes da entrevista, Debbie e Michael se falaram várias vezes. As conversas foram amistosas, e eu pude ver que Michael estava feliz por estar de volta em contato com ela. Eles tinham sido amigos por anos, antes de os meios de comunicação e os advogados complicarem os assuntos.
Em sua entrevista, Debbie disse:
'Meus filhos não me chamam de mãe, porque eu não quero isso. Eles são os filhos de Michael. Não é que eles não sejam meus filhos, mas eu os tive, porque eu queria que ele fosse um pai. Creio que existem pessoas que deveriam ser pais, e ele é uma delas.'
Em meio ao trabalho de refutação, voltamos de Miami a Neverland, para lidar com o ataque da mídia pós-Bashir. Havia tanta coisa acontecendo que eu chamei Vinnie, que veio para me ajudar. E Gavin Arvizo e sua família se juntou a nós também, que procuravam um refúgio da imprensa voraz.

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Meu amigo Michael Jackson- Parte 65

O jornalista sugeriu repetidamente que as declarações de Michael o deixavam muito desconfortável. Michael era peculiar o suficiente sem as maquinações de um mercenário, com certeza, mas não há dúvida de que Bashir manipulou os espectadores para seus próprios fins.
Suas perguntas estavam levando, o desencaminhado a edição. Como eu assisti a transmissão, pareceu-me que o plano de Bashir tinha sido expor Michael de qualquer maneira que ele pudesse, a fim de ganhar as maiores audiências que ele pudesse, por seu show.
Felizmente, Michael freqüentemente tinha um cinegrafista que viajava com ele e sua equipe de filmagem pessoal também gravou as entrevistas de Bashir, conforme elas ocorreram.
Essas fitas inéditas de filmagem mostravam um quadro maior, fornecendo informações sobre os tipos de perguntas que Bashir pedia, como ele havia construído, e os pontos de vista que ele oferecia, no momento, sobre a vida de Michael (que, não surpreendentemente, eram todos brilhantemente positivos).
Neste contexto mais amplo, é imediatamente aparente o quão oportunista Bashir tinha sido, editando o material da forma mais sensacionalista que se possa imaginar. Isto era verdade não apenas no documentário em si, mas também na forma como Bashir o promoveu.
Por exemplo, em uma entrevista sobre o documentário, Bashir disse: 'Uma das coisas mais preocupantes é o fato de que um monte de crianças desfavorecidas vão para Neverland. É um lugar perigoso para uma criança vulnerável estar.'
Isso, entretanto, estava muito longe do que ele disse a Michael, durante a entrevista real. Falando sobre crianças carentes que visitavam Neverland, o que ele disse para Michael foi:
'Eu estava aqui [em Neverland] ontem e eu vi isso, e é nada menos que algo espiritual.'
Até mesmo o New York Times reconheceu Michael como vítima do que seu repórter chamou de 'seu entrevistador insensível, com interesse próprio mascarado de simpatia.' Michael respondeu a perguntas de Bashir honestamente, explicando sua inclinação incomum, mas inofensiva, para brincar com as crianças como apenas mais um de seus pares.
Ele havia se mostrado sobre isso em entrevistas anteriores, dizendo à Vibe que a inspiração para a canção Speechlessveio a ele depois de uma luta de balões de água. Nessa entrevista, ele disse: 'Fora da felicidade, vem magia, admiração e criatividade.' Ninguém questionou Michael na época.
Mas o que Michael nunca pareceu ser capaz de compreender era como o ponto de vista do público, sobre as suas mudanças, fazia com que pessoas como Bashir mudassem junto com eles, tornando-o vulnerável aos escândalos da mídia faminta, de uma maneira que nunca tinha sido antes.
Através do episódio do bebê na sacada, as máscaras que os filhos usavam em seus rostos, os casamentos confusos, Michael falou sobre a sua vida como ele sempre tinha feito: em seus próprios termos. Ele viveu em seu próprio mundo e se comportou com ingenuidade que tinha sido uma característica dele, por anos.
Ele não tinha consciência de como suas palavras e ações seria percebidas, nem nunca realmente entendeu como o seu comportamento apareceria do lado de fora. Durante anos, ele, geralmente, evitava a imprensa, mas quando ele passava por uma banca de jornal ou se tivesse um vislumbre de uma revista que se referia a ele como Wacko Jacko, isso o machucava.
'O que me faz Wacko Jacko?' Ele perguntava. 'Sou maluco para você?'
'Não, você não é maluco' eu dizia. 'Só louco. E seu hálito fede.'
Nós ríamos, mas ambos sabíamos que Michael se importava com o que as pessoas pensavam. O aborreciam, ele sempre viu as calúnias que foram lançadas sobre ele, como exemplos de julgamento falso, nunca um reflexo verdadeiro de quem ele era.
Eu concordo com ele. Eu vi essa dinâmica no trabalho, na entrevista do Bashir, da mesma maneira que eu vi no tratamento do episódio do bebê na varanda.
Breves vislumbres de uma vida, tomados fora do contexto, podem ser facilmente manipulados para fazer uma pessoa parecer louca. Nenhum de nós está sujeito ao tipo de escrutínio severo que Michael enfrentou todos os dias de sua vida adulta, e, infelizmente, o efeito desse exame só serviu para intensificar as excentricidades.
Talvez a maior tragédia do vídeo do Bashir foi a de que Michael havia entrado nele com a melhor das intenções. Sua disposição para fazer as entrevistas mostraram sua crença otimista de que, dado o contexto certo e a explicação correta, o público iria amá-lo e aceitá-lo como ele era.
Da mesma forma que ele queria endireitar suas finanças, trazendo-as de volta sob seu controle, talvez ele também quisesse arrumar a falsa impressão que o mundo tinha sobre ele, comunicando-se diretamente com seu público.

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Meu amigo Michael Jackson- Parte 64

Tudo era ruim o suficiente, mas de longe, a parte mais prejudicial da entrevista foi o momento em que Bashir falou com Michael sobre seus relacionamentos com as crianças. Michael tinha trazido Gavin Arvizo no documentário porque ele queria ser entendido, e compartilhar seus esforços para ajudar crianças carentes iria ajudar a trazer esse entendimento.
Gavin era um exemplo primordial disso. Em entrevista a Bashir, Michael se mostrou segurando a mão de Gavin e disse ao mundo que as crianças dormiam em sua cama. Qualquer pessoa que conhecesse Michael, reconheceria a honestidade e sinceridade inocente do que ele estava tentando comunicar. Mas Bashir estava determinado a lançá-lo sob uma luz diferente.
Michael não se preocupou em explicar, e Bashir não se preocupou em perguntar sobre a suíte de Michael em Neverland, como eu disse antes, era um local de encontro, com um quarto familiar sob as escadas e outro quarto acima das escadas.
Michael não explicou que as pessoas se penduravam lá, e às vezes, queriam ficar mais. Ele não explicou que ele sempre ofereceu aos hóspedes sua cama, e na maior parte, dormia no chão do quarto familiar. Mas, talvez o mais importante, ele não explicou que os convidados sempre foram amigos íntimos, como nós Cascios, estendendo-se para suas famílias.
Um dos maiores equívocos sobre Michael, uma história que o atormentou pelos anos seguintes, após o documentário de Bashir, era que ele tinha uma variedade de crianças que dormiam em seu quarto em um determinado momento.
A verdade era que as crianças nunca vinham aleatórias a Neverland, se hospedando no quarto de Michael. Assim como meu irmão Eddie e eu tínhamos feito quando éramos mais jovens, a família e os amigos que queriam ficar, faziam isso por vontade própria. Michael apenas permitia que isso acontecesse porque os seus amigos e familiares gostavam de estar perto dele.
O que Michael disse no vídeo de Bashir era verdade:
'Você pode ter minha cama, se quiser, dormir na mesma. Vou dormir no chão. É sua. Sempre dê o melhor de sua companhia, você sabe.'
Michael não hesitou em dizer a verdade, porque ele não tinha nada a esconder. Ele sabia em seu coração e em seu pensamento que suas ações eram sinceras, seus motivos puros, e sua consciência limpa.
Michael, inocente e honestamente, disse:
'Sim, eu partilho a minha cama. Não há nada errado com isso.'
O fato da questão é, quando ele 'compartilhava' sua cama, isso significava que ele estava oferecendo sua cama para quem quisesse dormir nela. Pode ter havido momentos em que ele dormiu lá em cima também, mas ele ficava geralmente no chão, ao lado de sua cama ou embaixo, dormindo no chão.
Embora Bashir, por razões óbvias, insistisse em falar sobre a cama, se você assistir a entrevista completa, sem cortes, é impossível não entender o que Michael estava tentando deixar claro: quando ele disse que compartilhava sua cama, ele quis dizer que ele compartilhava sua vida com as pessoas que ele via como família.
Agora, eu sei que os homens mais crescidos não compartilham seus aposentos particulares com as crianças, e aqueles que o fazem, quase sempre até não é bom. Mas isso não foi a minha experiência com Michael. Como uma daquelas crianças que, junto com seu irmão, teve um número qualquer desses hóspedes noturnos com Michael, eu sei, melhor do que ninguém, o que acontecia e o que não acontecia.
Seria normal hospedar crianças para dormir? Não. Mas também não é considerado especialmente normal para um homem adulto, brincar com Silly String ou ter lutas de balões de água, pelo menos, não com o entusiasmo que Michael trazia para as atividades.
Também não é normal para um homem adulto ter um parque de diversões instalado em seu quintal. Será que essas coisas fazem de um homem um pedófilo? Tenho certeza que a resposta é não.
A linha inferior: o interesse de Michael em meninos não tinha absolutamente nada a ver com sexo. Digo isso com a confiança inatacável da experiência em primeira mão, a confiança de um menino que dormiu no mesmo quarto de Michael centenas de Michael, e com a convicção absoluta de um homem que viu Michael interagir com milhares de crianças.
Em todos os anos em que estive perto dele, eu não vi nada que levantasse bandeiras vermelhas, nem como uma criança e nem como um adulto. Michael pode ter sido excêntrico, mas isso não fazia dele um criminoso.
O problema, porém, foi que esse ponto de vista não era apresentado no documentário. Ouvindo Michael falar, as pessoas que não o conheciam ficaram perturbadas com o que ele estava dizendo, não só porque as suas palavras foram tiradas de contexto, mas também porque Bashir, o narrador, estava dizendo a eles que ele devia ser perturbado.

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Meu amigo Michael Jackson- Parte 63

Eu disse a ele o quão doloroso era para mim estar no meio do processo, quanto os sentimentos de ambos os lados importavam para mim, e como eu estava determinado a ver o caso resolvido.
Eu queria provar a mim mesmo que eu poderia limpar a bagunça que eu, inadvertidamente, ajudei a criar. A última vez que Michael tinha ficado com raiva de mim remonta aos dias em que as pessoas lhe tinham dito mentiras sobre mim pedir dinheiro, a fim de marcar uma reunião com ele. Agora ele estava maluco comigo sobre algo que eu tinha feito, de fato.
Eu tinha tomado as coisas longe demais, na minha ânsia de acalmar as coisas. Eu havia ultrapassado meus limites, porque, verdade seja dita, eu estava tendo problemas para manter esses limites. Eu era jovem, e eu pensei que minhas boas intenções me davam carta branca.
Quando cheguei em Miami, pedi a um segurança para entregar a minha carta para Michael. Meia hora depois, ele me chamou para seu quarto, me deu um grande abraço, me agradeceu pela carta, e pediu desculpas pelo exagero, uma ocorrência rara.
'Você precisa me dizer essas coisas', disse ele. 'Você não pode simplesmente levar as pessoas à minha casa, assim. Você tem que me dizer.'
'Sinto muito sobre isso, sobre tudo isso', eu disse. 'Tudo o que eu queria fazer era esclarecer a situação com Court e Derek. Ele nunca deveriam ter chegado a isso. Perturbar você era a última coisa que eu queria.'
'Eu sei que você sempre tem boas intenções, mas você tem que ter cuidado. Se alguma coisa der errado, retorna contra mim,' disse ele. 'Eu te amo, Frank. Vamos deixar isso para trás e seguir em frente. Seu irmão e irmã estão na outra sala. Vá dizer Olá para eles.'
A partir deste ponto em diante, nós continuamos de onde paramos em Neverland. Michael estava em grande espírito, e parecia que tínhamos, por assim dizer, reiniciado a nossa relação. Infelizmente, assim como nós apagamos um fogo, um outro estava começando a incendiar-se.
A entrevista de Bashir, Living with Michael Jackson, foi levada ao ar na TV da Europa, em 03 de fevereiro de 2003, e nos Estados Unidos, três dias depois. Um par de dias antes do evento, Michael decidiu que queria falar com um foreseer.
Ele colocou um pouco de fé na conselheira espiritual, e ele ficou curioso sobre o que estava por vir. Por recomendação do Dr. Farshchian, chamamos uma mulher a partir do estrangeiro, ao telefone.
Michael, as crianças, o Dr. Farshchian e eu, ouvíamos enquanto a Sra. Farshchian traduzia o que a conselheira espiritual tinha a dizer. Houve uma má notícia, logo de cara.
'Você vai ser acusado', disse a conselheira espiritual. 'Há alguém tentando sabotar você. Tenha cuidado.'
Então ela disse: 'Você não tem nada para se preocupar, tudo vai ficar bem, no final.' Michael se arrepiou. Ele não podia suportar a ideia de que ele seria acusado de má conduta, que suas intenções seriam contestadas.
Ele correu para o banheiro e quebrou um espelho, que, para mim, disse tudo o que precisava ser dito. Ele ficou furioso com a imagem de si mesmo, o reflexo que as pessoas viam.
Ele tinha trazido Bashir para ajudar as pessoas começam a conhecê-lo melhor, mas a conselheira espiritual estava prevendo que as coisas iriam piorar.
Logo, essas previsões se cumpriram. Primeiro, porém, veio a sabotagem.
Neste momento, ficou claro que ele estava dando uma volta em nós, já era tarde demais. Nós tentamos impedir que a entrevista fosse ao ar nos Estados Unidos, mas voltamos ao ponto de início
'Aldo e Marie Nicole, que ainda estavam em Miami, assistiram Living with Michael Jackson em sua suíte, mas Michael se recusou a se juntar a eles: ele nunca gostou de se ver na TV. Como meus irmãos assistiam, Michael andava pela sala, perguntando:
'Tem certeza de que quer assistir isso? Por que você quer assistir isso?'
Enquanto isso, eu assistia a entrevista no meu quarto de hotel com o Dr. Farshchian, sentindo uma mistura de desânimo e resignação. A entrevista não capturava o Michael que eu conhecia, para dizer o mínimo.
Que Michael era humilde. Ele era um humanitário. Ele era um músico talentoso. Ele colocava o dinheiro e energia por trás das causas das crianças. Bashir não se importava com nada disso. Ele era um sensacionalista, interessado apenas nos elementos mais superficiais da vida de Michael: excessos de compras e cirurgia plástica.

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Meu amigo Michael Jackson- Parte 62

Naquela noite, enquanto Court e Derek ainda estavam lá, eu recebi um telefonema de Michael. Ele estava em Miami com Aldo e Nicole Marie, meu irmão e irmã, e ele tinha ouvido falar da visita de Court e Derek.
Frank, por que f**** você trouxe estas pessoas para Neverland?' Perguntou ele.
Michael só falava assim quando ele estava realmente chateado ou brincando. Eu tinha certeza que ele não estava brincando neste momento.
'Você não entende. Deixe-me explicar ...', comecei. Eu pensei que seria óbvio para ele que eu estava fazendo, como eu havia prometido, tentando acabar com o processo. Por que mais eu poderia convidar os dois para o rancho? Como isso poderia servir meus próprios interesses?
'Você não percebe que os seus advogados não querem te tirar deste conflito?' Eu disse a ele. 'Quanto mais demorar, mais dinheiro eles fazem. Você pode resolver agora, e acabar logo com isso.'
Não surpreendentemente, os advogados de Michael viram isso de forma diferente, e na medida em que eles estavam preocupados, o meu convite e a visita subseqüente apenas reforçaram sua crença de que eu era irresponsável.
Assim, eles se lançaram sobre a oportunidade de compartilhar sua visão com Michael, convencendo-o que eu estava atrapalhando. Aparentemente, eu era o único que pensava que eu havia salvo milhões de dólares por egos suaves, incentivando Court e Derek a se comprometer.
Tentei acalmar Michael, mas ele estava muito zangado. Enquanto eu falava, eu podia ouvi-lo falar com meus irmãos ao fundo, dizendo:
'Você não vai acreditar no que Frank fez!'
Quando comecei a me explicar, ele interrompeu: 'Por que você não costuma ouvir?'
'Por que você não ouve?' Retorqui. Então, eu desisti.
'F****. Obviamente, você não vê o que eu estou tentando fazer por você. Eu sou seu amigo, apenas tentando ajudar, porque eu me sinto responsável pela bagunça. Mas vá em frente. Mantenha os gastos honorários advocatícios, lute contra algo que não precisa ser combatido. Eu desisto.'
Eu desliguei o telefone.
Eu sabia o tempo todo que o que eu estava fazendo não era convencional, mas eu estava confiante de que surtiria efeito. Eu realmente não ligava para o que os advogados de Michael ou qualquer outra pessoa em sua organização pensassem a meu respeito.
Eu já tinha feito inimigos na organização por falar e fazer o que eu pensava ser melhor para Michael. Michael era o único que importava. Talvez isso soe como arrogância, mas eu realmente pensava que o que eu estava fazendo estava dentro dos limites de suas instruções.
Ele me instruiu a fazer o que fosse preciso para chegar a um acordo. Ele disse que não queria ouvir mais nada sobre isso, ele só queria que fosse feito.
Saí da piscina e corri para Macaulay Culkin, que visitava o rancho com seus amigos Mila Kunis e Seth Green.
'O que você fez?' Mac perguntou, antes de acrescentar.. 'Michael está realmente chateado com você.' Uau. As notícias correm rápido. Percebi Michael devia ter falado com Mac.
'Eu realmente não me importo', eu disse, e expliquei a Mac o que estava acontecendo.
Dez minutos depois, eu recebi um telefonema de Karen. Em sua maneira calma e simpática, ela disse: 'Michael acha que é melhor você deixar o rancho.'
'Não tem problema. Estou arrumando minhas malas.'
Eu tinha sido expulso de Neverland.
Eu não disse nada a Court e Derek. Quando Michael estava com raiva, ele, às vezes, ia para a jugular. Eu tive um sentimento que ele se acalmaria. Com certeza, dez minutos depois, meu telefone tocou novamente. Era Michael.
Eu estava com raiva e magoado, e eu queria que ele soubesse. Antes que ele pudesse dizer uma palavra, eu o cortei:
'Você quer me deixar? Eu estou indo embora.'
'Eu não quero que você saia', disse ele calmamente. 'Eu quero que você venha para Miami, amanhã.'
Eu não sei por que, mas eu não fiquei surpreso ao ouvir isso. Brigar com Michael era como brigar com meu pai, tinha até os irmãos tinindo, no outro lado da linha. Irritado como eu estava, eu sabia, apenas de ouvir a sua voz, que ele tinha me perdoado.
Olhando para trás agora, eu tenho que me perguntar como poderíamos ir de um extremo emocional a outro, em questão de segundos. Nós estávamos gritando, zangados, um com o outro, apenas alguns momentos atrás.
E ainda nenhum de nós poderia encontrar no coração (uma razão) para ficarmos loucos. Essa não era a natureza da nossa amizade.
Nós sempre perdoávamos um ao outro. Então, o que eu fiz? Peguei um avião e voei para Miami
'No avião para Miami, eu escrevi uma longa carta para Michael, na qual expliquei minhas razões para trazer Court e Derek para Neverland. Lembrei-lhe que ele havia me dito para fazer o que eu pudesse para resolver o problema.
Eu disse que estava seguindo o seu conselho sobre como fechar um negócio. Eu tinha usado o meu juízo, como ele sempre me pediu, e por mais pouco convencionais que as minhas ações possam ter sido, elas vieram ao lugar certo.
A carta não era apenas um auto-defesa. Eu também citava o lado sentimental da nossa amizade. Nós tínhamos estado em um lugar tão bom, quando conversávamos na adega, e agora veja o que aconteceu.

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Meu amigo Michael Jackson- Parte 61

Claro, alguns dos motivos se resume a sua desconfiança, mas para mim, aquela era apenas parte da equação.
Como uma pessoa que lutava para aceitar a realidade, Michael poderia isolar-se, ele poderia ficar em Neverland, ele poderia saciar seus caprichos, mas todos os elementos de seu estilo de vida eram habilitados por suas finanças. Dizer, em voz alta, que estes estavam em desordem tornou-se um problema real, que ele não podia mais evitar.
Quando Al Malnik encarregou-se de suas finanças, ele assegurou a Michael que ele iria tirá-lo da confusão na qual ele se encontrava. Mas Al me disse que ele também havia dito:
'Michael, eu não posso fazer isso, a menos que você faça a sua parte.'
Agora parecia que Michael tinha guardado as palavras de Al no coração. Ele tinha participar, para que as coisas mudassem. O bem-estar contínuo de seus filhos, mais que tudo, o obrigou a enfrentar o que ele tinha evitado por tanto tempo.
Falamos um pouco sobre meus planos. Eu ainda estava tentando descobrir o que eu queria fazer da minha vida, mas agora Michael disse: 'Você sabe que eu sempre posso usufruir da sua ajuda. Você é o único que ficou, lembra? Nós podemos trabalhar juntos, novamente.'
'Sim' eu disse 'nós poderíamos fazer isso.'
Naquele momento, eu percebi que a maioria das pessoas na organização com quem eu tinha problemas já não estavam na foto; Michael e Al Malnik tinham se livrado delas.
Michael e eu não tomamos nenhuma decisão, mas a realidade é que quando eu estava com ele, em Neverland, eu estava de volta na minha zona de conforto, e eu não estou falando apenas da adega de vinho, embora eu certamente me sentisse confortável lá.
Eu conhecia os meandros do trabalho, exatamente o que Michael queria e como queria que as coisas fossem feitas. Trabalhar com Michael era minha zona de conforto. Foi um momento agradável. Ambos, de certa forma, estavam numa encruzilhada. Eu tinha me ramificado desde que deixei de trabalhar para Michael, mas agora eu estava achando meu caminho de volta.
Pouco depois do Ano Novo, Michael e as crianças foram para Miami. Michael sugeriu que, enquanto ele se fosse, eu deveria ter convidados, se eu gostasse (da ideia).
Durante anos, eu adorava partilhar Neverland com uns poucos, e quando Michael partiu para Miami, tive uma espécie de idéia ousada: resolvi convidar Court e Derek para o rancho.
Embora isso pareça presunçoso para mim (e talvez fosse), eu tinha minhas razões. Neste ponto, a ação que ambos tinham interposto contra Michael estava em vias de ser resolvida, fora do tribunal.
Por mais que eu soubesse que Michael estava em falta em renegar as estipulações do contrato, a sua visão era mais simples.
No Natal, quando nós tínhamos conversado sobre isso, ele disse:
'Você os trouxe de volta em minha vida. Agora eles estão me processando, por isso eu o corrigi.'
'Tudo bem' eu lhe disse. 'Eu estive conversando com eles nos bastidores. Vou fazer tudo que posso para garantir que o negócio se concretize longe de uma ação judicial.'
'Diga a eles que eu disse oi..' Michael acrescentou, 'e que é uma vergonha que as coisas tenham ido tão longe, mas eu ainda gosto deles.'
Ambos os lados estavam ansiosos para chegar a um acordo. Michael era querido e respeitado por Court Derek, e o sentimento era mútuo. Eu sabia disso, e pensei que os advogados estavam arrastando a ação desnecessariamente, como os advogados sempre querem fazer.
À medida que as equipes adversárias legais iam e voltavam, eu estava conversando com ambos os lados. Eu reconfortava Court e Derek, dizendo que os atrasos não eram provenientes de Michael, e eu ficava lembrando a Michael que ele havia assinado um contrato com eles e lhes devia dinheiro.
Eu me senti parcialmente responsável pela situação. Um acordo de liquidação estava sobre a mesa, mas não tinha sido assinado. Michael sempre disse que a melhor maneira de fechar um negócio era trazer as pessoas para Neverland.
Ocorreu-me que, se Court e Derek voltassem para o rancho, como convidados, como tinha sido muitas vezes antes, eles deixariam para trás os dias de discussões.
Claro que era muito radical convidar as pessoas que estavam processando Michael como convidados em sua casa, e eu sabia que os advogados de Michael pensariam que eu estava louco. Mas os advogados tendem a ignorar o elemento humano da negociação.
E assim, para melhor ou pior, os dois antigos companheiros de Michael vieram até o rancho. Tivemos uma noite agradável. Court e e Derek deixaram claro que eles realmente não queriam processar Michael. Eles só queriam ser pagos pelo trabalho que tinham feito.
Eles deixaram o rancho compreendendo que Michael gostava deles e os respeitava, e odiava que as coisas tivessem chegado a tal ponto. Todos concordaram que todos nós deveríamos deixar nossas emoções para trás e seguir adiante com o acordo.

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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Meu amigo Michael Jackson- Parte 60

Michael tinha emitido um comunicado dizendo que o episódio pendente tinha sido um 'erro terrível', e ele tinha ficado 'tomado pela emoção do momento', mas que ele nunca iria 'intencionalmente pôr em perigo as vidas de suas crianças.'
Ele disse a mesma coisa para mim, mas com um tom um pouco defensivo:
'Os fãs queriam ver o bebê', disse ele. 'Eu o mostrei a eles. Tive um aperto firme. Eu não iria nunca colocar meu filho em perigo.' Fim da discussão.
Mas, claro, apenas porque estava encerrado para Michael não queria dizer que estava encerrado para todo mundo. Para muitas pessoas, o estrago já estava feito.
Logo após seu retorno da Alemanha, Michael tinha outra data na Corte para sua ação em curso com Marcel Avram. Sua última data na Corte foi seguida de uma rodada de imprensa a respeito de sua aparência. Em seguida, houve o incidente no hotel com Blanket. E agora, Michael pulou uma data na Corte, alegando ter sofrido uma picada de aranha na perna.
Houve muita especulação na imprensa sobre esta picada de aranha ter sido real. Na verdade, Michael tinha ido ao hospital para receber nutrientes e vitaminas por via intravenosa, como, às vezes, fazia. No meio da noite, ele acordou para ir ao banheiro. Esquecendo onde estava e que ele ainda estava ligado (às agulhas nas veias), ele se levantou. As agulhas foram arrancadas de sua perna.
Por meio de justificar a sua ausência no tribunal, ele mostrou a sua perna lesionada para o juiz e contou a história da picada da aranha. O juiz olhou para ele e não disse nada.
'Apesar do circo que a mídia desencadeou pelo incidente no hotel com Blanket, o Natal de 2002 em Neverland foi grande. Minha família estava lá, assim como Omer Bhatti e sua família, uma família da Alemanha com quem Michael tinha feito amizade, até Dr. Farshchian e sua família.
Nós todos amávamos os grandes Natais, com muita comida, presentes e as crianças correndo ao redor. Durante anos, tivemos o mesmo ritual de Natal. Nos meses que antecederam o feriado, Michael e eu sempre comprávamos os presentes juntos, às vezes convocávamos Karen para ajudar a encontrar o que tínhamos em mente.
Nós armazenávamos tudo o que tínhamos comprado no departamento dos bombeiros. Devido ao tamanho de Neverland e seu isolamento, os regulamentos de seguros ou de lei estadual da Califórnia exigiam que ele tivesse se próprio departamento de bombeiros no local, com um pequeno caminhão de incêndio ostentando um logotipoNeverland e com bombeiros em tempo integral.
O pessoal da equipe envolvia todos os presentes, rotulava cada um, conforme o seu conteúdo. Então, na véspera de Natal, Michael e eu gostávamos de escrever os nomes nos presentes e os colocávamos debaixo da árvore, em preparação para a manhã.
No dia de Natal, nós todos dormíamos, sabendo que não iríamos abrir os presentes imediatamente. Porque meu pai sempre teve que trabalhar na véspera de Natal, nunca abríamos os presentes até ele fugir para a Costa Leste.
Todo mundo se vestia... e então esperava. Prince e Paris eram muito pacientes, não só porque eles estavam acostumados ao ritual, mas também porque seu pai havia trabalhado duro para incutir neles um sentimento de gratidão e respeito. Quando meu pai chegou, Michael tomou seu lugar ao lado da árvore, entregando todos os presentes, ao estilo de Papai Noel.
Poucos dias depois da Véspera de Ano Novo, quando todo mundo tinha ido embora, Michael e eu passamos o dia assistindo a filmes e fazendo alguns trabalhos em seu escritório. No final da tarde, decidimos ir até a adega, que era o nosso acolhedor esconderijo secreto, abaixo da sala de jogo. A porta parecia ser parte da parede, então você tinha que saber onde ela estava, a fim de encontrá-la.
Dentro da adega, abrimos uma garrafa de vinho branco. Eu amo o meu vinho tinto, mas Michael preferia o branco. Naquela tarde, Michael e eu falamos sobre o futuro, e quais seriam as nossas metas para este ano que chegava. Desde o início, suas palavras eram arrojadas e ambiciosas, mas eu poderia ver o que ele queria dizer.
'Eu vou tirar a mim mesmo dessa bagunça financeira que todo mundo tem feito na minha vida', afirmou.
Esta foi a primeira vez que Michael tinha admitido abertamente para mim, ou tanto quanto eu sabia, a ninguém mais, que ele estava com problemas financeiros. O fato dele finalmente se dispor a encarar o fato de frente, foi surpreendente.
'Sim, a culpa é deles', eu respondi. 'Mas a culpa também é sua, por permitir que isso aconteça.'
'Eu precisava me concentrar em ser criativo', disse ele, com uma pitada de defesa em sua voz. 'Você sabe, quando eu fiz Off the Wall e Thriller, eu era o único que assinava cada cheque que saía. Tudo corria bem, na época.'
'O que mudou?' Eu perguntei, honestamente querendo saber. 'Por que você começou a deixar que outras pessoas lidassem com o seu dinheiro?'
'Ele ficou muito grande. Era demais para eu lidar', disse ele.
Embora possa parecer óbvia, essa admissão foi uma das únicas vezes que eu tinha ouvido Michael aceitar a responsabilidade pela situação na qual ele estava e pela disfunção da sua organização.
Mesmo agora, anos depois, é difícil entender por que ele estava tão hesitante sobre a discussão de problemas como estes, não apenas comigo, mas com qualquer um.

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Meu amigo Michael Jackson- Parte 59

Agora, o nariz dele era menor, mas ainda parecia grande para ele. Mas sua aparência não era o seu foco durante o nosso tempo juntos, por isso, se ele tivesse uma percepção distorcida de si mesmo, não dominava seus pensamentos e energia. Não representava uma maior desconexão com a auto-percepção e realidade.
Verdade seja dita, eu rejeitava as cirurgias como uma prática bastante típica de Hollywood. Se ele foi longe demais para os padrões de algumas pessoas, bem, era normal para o curso de Michael. Talvez eu estivesse muito perto a situação, e era difícil ter uma perspectiva, mas quando eu assistia Michael lutando com sua imagem corporal, era difícil não ter simpatia por aquilo que ele estava passando.
Meu foco estava em ajudar Michael através da notificação negativa na mídia. Ele odiava os idiotas, as histórias cruéis que os tabloides criavam sobre ele. Ele gostava de seu nariz, e, tanto quanto sua aparência na audiência no caso Avram, as pessoas realmente dizerem com toda a seriedade que seu nariz estava prestes a cair, era um absurdo.
'Por que eles estão me dando momentos tão difíceis?' ele dizia. 'Veja, Frank! Veja o que fazem comigo! Se fosse qualquer outra pessoa, isso seria perfeitamente normal. Você pode comprar estas fitas em qualquer farmácia. Eles me ajudam a respirar. Se fosse qualquer outra pessoa, as pessoas não diriam uma palavra, mas elas estão sempre tentando encontrar algo de errado comigo.'
Ele estava certo, é claro, mas isso não impediria os tabloides de especular sobre a estranheza dele estar usando uma tira nasal no tribunal. E, apesar dos comentários da mídia, ele continuou as usando. Quando o deixavam para baixo, ele não mudava o seu comportamento só porque ele foi ridicularizado por isso.
No dia seguinte, antes de partirem para a Alemanha, Michael me apresentou a Martin Bashir. Eu o olhei nos olhos e apertei sua mão com firmeza, como eu faço quando eu conheço pessoas. Seu aperto de mão era fraco, nunca um bom sinal. E quando eu olhei profundamente em seus olhos, pareceu-me o tipo que desvia o olhar.
'Então, eu ouvi que você está fazendo uma entrevista. Conte-me sobre isso.' eu disse.
'Vai ser ótimo', disse Bashir. 'Nós vamos mostrar Michael na melhor luz.'
Ele era perfeitamente educado, mas de alguma forma, eu não confiava nele. Não havia nenhuma maneira que eu poderia prever, no entanto, a devastação que o seu documentário causaria em Michael, nem que a minha própria reputação estaria ameaçada no processo.
Embora ele estivesse indo para a Alemanha, Michael encorajou-me a permanecer no rancho até o seu retorno. Isso me pareceu agradável. Eu ainda estava me encontrando com Marc Schaffel, que estava relativamente próximo a Calabasas, assim Neverland era uma base perfeita para mim.
Pouco depois da partida de Michael, um vídeo da Alemanha apareceu no noticiário. Ele mostrava Michael com o bebê Blanket, pendurado sobre a varanda de um quarto de hotel. Instantaneamente eu estava fixado na tela, meu queixo caído, em estado de choque. Eu podia ver as manchetes se formando diante dos meus olhos. Só pensava na minha mente: Isso não vai ser bom
Tentei imaginar o contexto do vídeo. Os fãs queriam ver Blanket, então Michael atendeu seus desejo e segurou o bebê para eles. Ele levantou o bebê ao longo da borda da varanda para dar-lhes uma visão melhor. Quando Blanket chutou os pequenos pés, Michael puxou-o para trás sobre o trilho, com cuidado, eu tinha certeza, um controle firme sobre ele, como sempre fazia.
Ele nunca o deixaria cair, nem dentro do quarto do hotel, muito menos no exterior, na varanda. Ele nunca faria nada para prejudicar seus filhos ou colocá-los em perigo. Michael saía para ver seus fãs, a partir das varandas do hotéis, por anos e anos. Para ele, era perfeitamente natural partilhar o seu novo filho amado com eles.
Ao mesmo tempo, eu imediatamente vi como o comportamento de Michael foi descuidado e perigoso. Foi tolo em segurar um bebê de tal altura, mesmo com as mãos firmes. Se Michael parecia transtornado quando ele estava dirigindo um ônibus double-decker em torno do edifício da Sony ou quando ele tinha usado uma fita em seu nariz, agora ele parecia maluco, colocando seu bebê em risco.
Do lado de fora, as coisas pareciam ruins. Este foi um lapso sério em juízo, e veio na esteira da especulação sobre sua aparência física - as pessoas ao redor do mundo começaram a duvidar seriamente de sua sanidade.
Eu sabia melhor que ninguém que Michael não era louco - excêntrico sim, mas certamente não era louco. Mas a verdade de seu estado mental não importava. O que importava era como aquele momento na varanda seria percebido, e o que começou como um lapso de julgamento rapidamente se transformou em um escândalo de tabloide de pleno direito.
Como a maioria dos erros de Michael, este foi travado na câmera e reciclado para julgamento cem milhões de vezes. Agora, em vez de se concentrar apenas em seu nariz, as pessoas estavam focando se ele estava apto para ser um pai.
Não há dúvida de que Michael fez muita coisa boa no mundo, e embora as pessoas estivessem cientes disso, ainda era difícil para elas conciliar sua generosidade e filantropia com o resto de sua persona pública. Esta contradição surgiu em plena exibição na noite seguinte, quando Michael aceitou seu prêmio Bambi, e o vídeo What More Can I Give, de Marc Schaffel, estreou.
Tomado por si só, deve ter sido um momento emocional, dramático na longa carreira de um músico talentoso, mas ocorrer logo após o incidente com Blanket, não fazia qualquer sentido.
Esses dois eventos justapostos, com uma força elementar, as imagens conflitantes de Michael que o público estava lutando para conciliar: por um lado, o homem de estranha aparência, imprevisível ao manter os rostos de seus filhos cobertos e, de forma imprudente, segurar Blanket sobre a varanda de um hotel e por outro lado, o gênio musical que procurou usar seu trabalho para o benefício de toda a humanidade.
As pessoas adoravam o segundo Michael, mas por alguma razão, sentiam-se compelidas a assumir o pior sobre o primeiro. Depois que Michael e as crianças voltaram de sua viagem para casa, jantamos, colocamos as crianças na cama e conversamos sobre a viagem.

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Meu amigo Michael Jackson- Parte 58

No ano seguinte, 2001, Michael esteve ocupado com Invincible, e como resultado, ele manteve distância da família Arvizo.
Quando estávamos trabalhando no álbum em Nova York, Gavin fez esforços consideráveis ​​para alcançar Michael, me chamando, chamando a segurança, e persistindo, até que, finalmente, Michael pegou a ligação. Nós colocamos o telefone no viva-voz e, conforme Michael e Gavin conversavam, poderíamos ouvir a mãe sussurrando, ao fundo.
'Diga a ele que quer vê-lo' ela sussurrou. 'Diga ...Você é a nossa família. Sentimos falta do nosso pai....
Gavin repetia as palavras de sua mãe.
Nesta altura, reiterei minhas ansiedades sobre os Arvizo, dizendo a Michael, em termos inequívocos: 'Eu não quero ter nada a ver com esta família.'
Michael concordou comigo, mas me senti mal por Gavin e seus irmãos. 'Seja agradável', ele respondeu com um gesto de sua mão. 'É tão triste. Os pais estragam tudo. Pobre Gavin, é um garoto inocente.'
Dada a sua experiência com Jordy Chandler, Michael e eu estávamos cautelosos sobre os perigos em manter contato com uma família, posar com ela. Mas ao mesmo tempo Gavin estava a uma distância segura, e para Michael, era difícil se recusar a atender o telefonema de um garoto que dizia amá-lo e necessitar dele. Ele não viu que mal poderia vir dele.
Ao longo de 2001 e 2002, eu não tinha ouvido se mencionar o nome de Gavin, e, tanto quanto eu poderia dizer, Michael não tinha visto a família de novo, até agora. Quando soube que Gavin, que agora tinha 13, tinha estado recentemente no rancho, meu ceticismo imediatamente veio à tona.
'Então, eu não perdi muito...' eu disse.
'Vamos, Frank', Michael disse, ecoando as palavras de dois anos antes. 'Ele é um menino doce. Não culpe Gavin pelas faltas de seus pais.'
'Sim, você está certo' eu disse, a contragosto.
Eu concordei com ele, em princípio, mas Jordy também havia sido vítima de segundas intenções dos pais. A semelhança não estava perdida em mim. Na tentativa de convencer-me das boas intenções de Gavin, Michael explicou que o menino havia feito, até mesmo, uma entrevista com ele para Bashir, em que ele disse, frente à câmera, o quanto Michael o havia ajudado.
Ótimo!' eu disse, genuinamente satisfeito pelas palavras de Michael. 'Todos devem saber o quanto você ajuda as pessoas, em todo o mundo.'
Desconfiado como eu estava dos Arvizos em geral, a aparência do vídeo soou bem para mim, uma vez que novamente Michael aprovou o produto final.
Desde que Michael tinha apoiado tanto a Gavin e sua família, não parecia haver nada de errado com Gavin dizer isso na frente das câmeras. Se Michael tinha gostado do que ouviu, que mal poderia fazer? Famosas últimas palavras
'Antes de Michael partir para o Bambi na Alemanha, ele teve que fazer uma aparição no tribunal, para lidar com o processo de Marcel Avram, sobre os shows do milênio. Como tantas vezes acontecia, Michael não dormiu nada na noite anterior à sua aparição.
Na manhã seguinte, ele estava uma bagunça, barba por fazer, o cabelo desalinhado. Ele saiu do carro para o tribunal com uma fita sobre o nariz. A fita o ajudava a respirar, mas não teria sido a escolha da maioria das pessoas para o que seria, inevitavelmente, alguns minutos muito fotografados, aos olhos do público.
As manchetes da mídia que se seguiram imediatamente focaram na aparência de Michael. Apesar do fato de que Michael havia falado há anos sobre a sua luta contra o vitiligo, jornalistas especularam que ele estava tentando ser branco, e em seguida, também fizeram a afirmação ridícula de que seu nariz estava caindo, devido à cirurgias plásticas em excesso.
Esta não foi a primeira vez que a imprensa tinha reagido de forma tão dramática à aparência de Michael. Talvez porque eu o visse com tanta freqüência, mas por mais estranho que possa parecer para algumas pessoas, para mim, ele parecia normal.
Sua cor de pele progressivamente iluminada não era misteriosa para mim, e não deve ter sido para mais ninguém. Esse foi um problema que ele tinha mencionado várias vezes, mas de alguma forma os meios de comunicação ainda não tinham chegado, ou eles simplesmente não acreditavam.
Quanto às suas cirurgias plásticas, a maioria delas havia sido realizada antes de eu começar a trabalhar para ele, e eu nunca prestei muita atenção ao que aconteceu depois disso. Nós nunca falamos sobre as cirurgias, não porque o assunto fosse proibido, mas porque ele nunca tocou nesse assunto, e eu aceitava Michael como ele era. Se ele quisesse fazer mudanças, estava tudo ok para mim.
Imagino que o que estivesse por trás de tudo fosse a sua infância prejudicada. Michael, muitas vezes, mencionava seu pai fazendo piadas sobre ele ter um nariz grande, quando ele era criança. Eu pensei que Michael estava perfeitamente com boa aparência, antes que ele mudasse seu rosto, mas eu acredito que quando ele se olhava no espelho, ele não via o que todo mundo via.

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