O vigésimo quinto ano desta obra-prima, o quinto disco mais vendido de todos os tempos, é comemorado com um documentário, feito por Spike Lee e mostrado recentemente no festival de Veneza (a crítica do jornal O Estado de S.Paulo, que assistiu ao filme, o considerou um dos grandes já feitos sobre um ídolo e sua obra). Este quarto de século também terá um relançamento triplo do disco, com remasterizações, novas faixas, e gravações dos históricos shows de Jackson no Wembley Stadium, na Inglaterra.
O filé mignon desses relançamentos está no segundo disco, que tem 8 faixas novas, além de remixes de Bad, feita por DJs hypados como Afrojack e Nero. Estas faixas desconhecidas jogam um importante facho de luz na produção do disco, pois sabemos que o ídolo tinha em torno de 60 faixas prontas e queria lançar um megalomaníaco disco triplo com a maioria delas, mas foi vetado pela Epic. As que já vazaram tinham potencial, e dão pena por não terem sido gravadas por Michael antes de ele cair em seu abismo pessoal, nos anos 90.
Don’t Be Messin, uma gravação demo, postada no YouTube e rapidamente removida, no começo de junho, tem um daqueles refrões sutis e dançantes, ao mesmo tempo, que lembram a sofisticação de Thriller. E de fato a música foi composta na época de seu primeiro disco, mas deixada de fora dos dois. O que ouvimos é uma gravação caseira, pouco trabalhada, que deixa às nossas imaginações espaço para preenchê-las com uma linha sintetizada de Quincy Jones, ou um baixo de Louis Johnson. Streetwalker, disponível no YouTube, já parece ter sido mais moldada por Quincy.
O relançamento de Bad e o documentário de Lee, que será mostrado nos EUA, no dia 25 de novembro, deve ofuscar a mais recente polêmica sobre o Rei do Pop: uma série de e-mails que revelam sua péssima condição física e psicológica próximo da maratona de 50 shows que Jackson faria, como encerramento de sua carreira, na 02 Arena, em 2009.
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