sábado, 28 de janeiro de 2012

Michael fala sobre o pai!

The Michael Jackson Tapes - Livro do Rabbi Shmuley (rabino)


SB: Agora, sem seus cinco irmãos você ganha mais atenção do que eles. Você estava se tornando uma estrela quando começou uma carreira solo. Foi difícil para seus irmãos lidar com isso? Havia alguma analogia na historia bíblica de José e seus irmãos, no fato dele ter mais atenção até o ponto de machucá-lo?

MJ: Isso não me vinha à mente e eu não via isso até então, só mais tarde. Minha mãe viu, mas ela não trouxe isso para a minha atenção. Mas eu acho que as esposas meio que instigaram isso. Foi o que rompeu o grupo. Esposas foram o que separaram os Beatles. Foi o que separou Martin e Lewis. Foi o que separou todos os grandes atores. As esposas se envolvem e começam a dizer para um membro (do grupo) "Você é a estrela. Ele precisa de você e não você dele." Então ele vinha para o trabalho no dia seguinte cheio de orgulho e começava uma briga. E foi o que aconteceu comigo e meus irmãos. Elas fizeram isso. Eu vi acontecer.

SB: Foi o que te manteve um pouco distante do casamento?

MJ: Foi. Eu disse " Não quero ser parte disso." Eu disse. " Eu não vou me casar." Eu disse isso por anos.

SB: Havia alguma forma de parar isso? Você poderia ter dito aos seus irmãos, "Olha! O quê está acontecendo conosco?" Você poderia ter parado isso? Eles se casaram cedo. Eles deviam estar se sentindo sozinhos também.

MJ: Eles se casaram cedo para fugirem do meu pai, para saírem de casa. Imploramos para eles não se casarem, mas eles casaram.

SB: Por que você ficou na casa?

MJ: Eu estava no auge de Thriller. Eu pensava que ainda era um garotinho. Não era hora de eu ir ainda. Eu ainda sou menino. Não era hora de sair de casa ainda. Eu realmente sentia isso no coração.

SB: Mas você ainda tinha medo de seu pai? Como você junta isso?

MJ: Ele não era mais meu empresário na época, mas ainda recebia o cheque de royalties. Ele estava mais calmo e tinha orgulho de mim. Mas não dizia.

SB: Você queria ouvir isso dele?

MJ: Eu precisava disso.

SB: Mais do que ninguém no mundo?

MJ: Sim.

SB: Ele ainda não disse. E não diz agora? Você acha que ele sabe que você é a maior estrela do mundo, ou você ainda acha que na cabeça dele ainda não entrou isso?

MJ: Ele sabe disso, mas acha difícil elogiar e foi isso que me fez ser um perfeccionista tentando impressioná-lo. Se ele estivesse na platéia e fizesse uma cara assim [Michael faz a expressão] ele conseguia assustar muito e você iria pensar , "Eu não posso estragar tudo. Ele vai nos matar." Todos estariam aplaudindo e ele estaria assim " Vou pegar pesado com você. Não estrague tudo," E eu pensava, "Deus estou ferrado depois do show."

SB: Dado isso há duas forças motivadoras na vida, medo e amor, você acha teria ido mais longe ainda se a motivação tivesse sido o amor? Como se seu pai tivesse dito " Michael, eu vou te amar de qualquer jeito, mas consegue fazer isso," Claro, agora você pode depreciar o medo que seu pai instalou em você. Mas o problema com isso é que você se tornou a maior estrela no mundo. Então talvez medo seja uma força motivadora melhor do que o amor. Para ser exato, eu não acredito nisso. Mas os seus exemplos não mostram que isso é verdade?

MJ: Eu acho que há um equilíbrio. Vale à pena desistir da paternidade? Vale à pena desistir do amor que eu poderia ter concedido o melhor de mim para ele, e ter a aquela camaradagem quando nos olhamos nos olhos passeando pelo parque de mãos dadas? Eu não acho que vale a pena desistir de tudo isso. Sinto muito. Isso é precioso.

SB: Se sua carreira agora sofre por ter estado nas mãos de seu pai, você está preparado para aceitar o preço?

MJ: Não, eu não estou preparado para isso. Eu posso fazer as duas coisas. Eu sinto que tenho que.

SB: Você acha que Deus te deu esse potencial. Esse dom, e que você tem que fazer alguma coisa com isso?

MJ: Eu tenho que fazer.Ele fez um trabalho brilhante em me treinar para os palcos para ser um artista, mas [como] pai ele foi muito, muito rígido. Eu odeio julgá-lo, mas eu teria feito as coisas bem diferentes como pai. Eu nunca senti amor por ele. Eu me lembro de estarmos num avião e ele costumava me carregar para dentro por que eu odiava a turbulência e eu ficava gritando e chutando por que iríamos viajar com tempestades. Eu me lembro disso claramente. Ele nunca me abraçou ou me tocou e a comissária de bordo tinha que vir e segurar a minha mão e me acalmar.



SB: Ele era um homem bravo?

MJ: Eu acho que ele era amargo. Não sei por que. Cara, ele não é mais assim, mas ele era durão. A pessoa mais durona que eu já havia conhecido.

SB: E se alguém tivesse dito á você, "Olha Michael, você pode ter os dois jeitos. Ele era um grande empresário, mas não um caloroso e afetuoso pai. Ele te ensinou a caminhar e te disciplinou." Você vai dizer que estaria preparado para desistir de ser o artista que mais vende só para ter uma infância cheia de amor? Ou você sente que a escolha não é necessária, e que você poderia ter sido quem é sem isso?

MJ: Ele poderia ter feito todas as outras coisas comigo e ter tido tempo para ser pai, jogar bola e brincar às vezes. Eu me lembro que te disse uma vez que ele me pôs em cima de um pônei. Eu não acho que ele perceba o quanto isso ficou marcado o meu cérebro para sempre.

SB: Essa é a história mais comovente sobre paternidade que eu ouvi. Que um gesto tão pequeno por parte de um pai para com o filho pode ser uma marca tão indelével que possa ser tão espantosa e tocante.

MJ: Eu penso nisso hoje dia e desejo que tivesse feito um pouquinho mais, só um pouquinho mais. Para que hoje em dia eu pudesse me sentir completamente diferente com relação à isso.

SB: E talvez você não tenha sido tão ávido para provar para você mesmo. Se você tivesse mostrado mais amor quando criança, talvez você não precisasse tanto da palavra amor e você não teria sido um superstar. Você estaria preparado para desistir disso só para ser mais amado como criança?

MJ: Não. Eu nunca desistiria. Esse é o meu trabalho. Isso foi me dado por uma razão. Eu acredito mesmo nisso e sinto isso...

SB: ... Que Deus escolheu você, te dando esse especial...

MJ: Eu acredito mesmo nisso. Se você pudesse ver alguns dos rostos pelo mundo e pessoas dizendo, " Obrigado, obrigado por ter salvado minha vida e de meus filhos. Posso tocar em você?" E eles começam a chorar. É como uma cura. Isso dado à nós por uma razão... para ajudar pessoas.

SB: Então o que Shirley Temple fez por você com aqueles pôsteres [ que você colocava nos quartos de hotel para se sentir mais seguro], você está fazendo para as pessoas no mundo e numa extensão maior.

MJ: O,siiiiiiiim. Oh, siiiiim. É isso mesmo e eu só queria dizer, "Obrigado"[ para Shirley Temple Black por ter inspirado Michael em suas baixas] e comecei a chorar tanto que não conseguia encontrar as palavras e ela tocou minha mão e a acariciou assim.

SR: Michael, quando você diz que não conseguiria continuar, e então olhava para os pôsteres dos filmes dela quando era criança, o quê iria frustrar você? O quê era isso? Esse espírito que as pessoas mostravam? O fato de que você sempre teve de trabalhar para continuar sendo o melhor? Tudo isso?

MJ: Trabalhar duro, não ter a chance de parar para brincar e se divertir. Tínhamos um pouco disso nos quartos de hotel fazendo guerra de travesseiros entre meus irmãos e eu e coisas como atirar coisas pela janela. Mas nós realmente ficamos bastante magoados.. Eu me lembro de estarmos a caminho da América do Sul e eu estava em casa e quando era hora de ir eu comecei a chorar tanto que me escondi. Eu não queria ir e disse, " Eu quero ser como todos mundo. Eu quero ser normal." E o meu pai me encontrou e me fez entrar no carro e ir, pois tínhamos um show para fazer. Então você encontra pessoas na estrada, alguém no seu andar, poderia ser da família, e você sabe que tem que ter toda diversão que pode ter nesse pouco tempo porque você não vai vê-las de novo e isso dói. Você sabe que a amizade não vai durar. Esse tipo de coisa machuca muito, especialmente quando se é uma criança.

SB: Toda a sua vida você teve que pôr sua carreira antes de criar relacionamentos. E então, você está criando alguma coisa em sua vida hoje em dia? Um carro não pode andar sem gasolina, e você continua sem que amor seja dado à você. Você não consegue dar amor e sem nunca receber. E você diz que o que consegue dos fãs não é o suficiente, Michael, por que eles te amam pelo o que você faz e não por quem você é. Eles te amam pela eletricidade e excitação que você leva para a vida deles.

MJ: Eu tenho retorno pela felicidade e alegria que eu vejo nos olhos das crianças. Elas salvaram minha vida então eu quero... dar de volta [ Michael começa a chorar]. Elas me salvaram. Não estou brincando. Só por estar com elas, vê-las. Isso me salvou.

SB: Quando você cresceu, você sentiu que promessas foram quebradas para você?

MJ: Meu pai quebrou uma grande que faz ter raiva até hoje. Ele me engabelou para assinar um contrato com a Columbia quando eu tinha 18 anos com a promessa de que eu iria jantar com Fred Astaire.

Meu pai sabia que eu adorava Fred com todo o meu coração. Ele sabia que eu assinaria sem ler o contrato, e ele saiu andando feliz e nunca cumpriu a promessa. Ele disse que sentia muito e o que fosse. Isso o que ele fez partiu meu coração. Ele me enganou.

SB: Você já contou para ele o quão chateado ficou?

MJ: Não. Até hoje ele não sabe o quanto me magoou. É por isso que não faço promessas que não posso cumprir.

Créditos á:http://michaelfasmj.blogspot.com


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